Mãe de Martin Bem, 2 anos, Bárbara Borges deu à luz seu segundo filho, Theo. O menino veio ao mundo nesta segunda-feira (15). De acordo com a assessoria de imprensa da atriz, o parto aconteceu por volta das 19h30. A atriz entrou em trabalho de parto, teve dilatação, mas, no final, precisou ser encaminhada para uma cesárea por conta do tamanho do bebê. O caçula de Bárbara e de Paulo Delfino nasceu com 53 cm e 4.450 kg, na maternidade Perinatal, no Rio de Janeiro. Ainda segundo a assessoria, ela ficou muito feliz de ter vivenciado as etapas do trabalho de parto, ainda que no final a cesariana tenha sido necessária. A mãe e o bebê passam bem.
Enquanto encarava os últimos dias de gestação, Bárbara reservou um tempo para conversar com Taynara Prado, colunista da CRESCER. No bate-papo, ela fala sobre o poder de decisão das mulheres e de um canal que criou na internet, com a intenção de desmistificar o conceito das mães perfeitas. “Nós, mães, temos muito em comum”. Confira o bate-papo:
Taynara Prado – Como foram os últimos dias de gravidez?
Bárbara Borges – Senti meu corpo trabalhando e se preparando para a chegada do Theo com as "contrações de treinamento", que aconteciam com mais frequência durante a noite. O peso da barriga dificultava a locomoção e a posição para dormir. Também sentia dores na lombar e no quadril. Senti as mãos e os pés inchando um pouco… O cansaço e a ansiedade caminham lado a lado nessa reta final, ainda mais com um filho de 2 anos e 2 meses! Mas sentirei saudade também do meu ‘’barrigones’’.
TP – Sentiu muita diferença entre as gestações do Martin e do Theo?
BB – Sim, as duas foram bem diferentes. Na 32ª semana de gestação do Martin descobri que estava com diabetes gestacional e polidramnia. Já na do Theo não tive nenhuma das duas coisas, mas, em compensação, por já ter o Martin, me senti muito mais cansada!
TP – Algum desejo inusitado nas duas gestações?
BB – Na gravidez do Martin, senti desejo de comer tabule. Na do Theo, fiquei com uma fixação por morango: na fruta e, principalmente, na geleia de morango! Virou motivo de piada na família.
TP – Martin foi promovido a irmão mais velho! Como você e o Pedro prepararam o pequeno para a chegada do irmão?
BB – Compartilhamos e conversamos tudo com ele desde o início: descobrimos o sexo do bebê na presença dele e foi uma festa. Na escolha do nome, a princípio, Pensei em Leon e Pedro pensou em Tom, mas não chegamos a um consenso. Foi então que Pedro falou Theo! Eu curti também, mas ainda ia pensar, quando Martin desandou a falar: "Theo, Theo, Theo" e ali vi que Martin havia escolhido!
TP – Você teme que ele fique com ciúmes?
BB – A chegada de mais um integrante na família traz muitas mudanças e ajustes na rotina, que já estava estabelecida. Isso mexe internamente com nós, que somos adultos. O que dirá com uma criança, que ainda não sabe lidar com seus sentimentos? O ciúme entre irmãos na infância é natural, mas minha decisão é por não dramatizar e problematizar do tipo "Ah, coitadinho" e sim identificar se o Martin tiver algum sentimento de insegurança com a chegada do Theo ou se ele se sentir “ameaçado” a respeito da relação comigo e com o pai, em um ambiente que, até então, era só dele. Vamos, aos poucos, desconstruindo e mostrando com muito amor que há mais o que ganhar com a chegada de um irmão do que perder. Eu mesma sou irmã mais velha, passei pelo “ciuminho” na infância e tenho meus irmãos, Evandro e Lucas, como presentes na minha vida!
TP – Por quanto tempo pretende amamentar o Theo?
BB – Sou a favor da amamentação e farei o possível para amamentá-lo pelo tempo que for possível, mas não há como prever. Aprendi a não criar expectativas. A gestação deles já me mostrou que tudo é diferente! São pessoas diferentes e, com isso, certamente terei experiências diferentes na amamentação também.
TP – O que mais surpreendeu você na maternidade?
BB – Minha espiritualidade se intensificou. A maternidade expandiu minha consciência. Vivo um mergulho interior profundo de desconstrução e construção. Assim, surgiu até o projeto de um canal de vídeos e nas redes sociais, que nomeei de “Mãe do Bem” porque nasceu do bem que os meus filhos trouxeram pra minha vida. Sem o conceito de mãe perfeita! Pelo contrário, o Bem trouxe a luz e a sombra das minhas dificuldades e limitações também. Independentemente de profissão, ou seja lá o que for, nós, mães, temos muito em comum.
TP – Nos primeiros meses do bebê, os pais ficam muito voltados para os filhos. De que forma você e Pedro procuram manter a intimidade de casal?
BB – Na real: a intimidade do casal, do jeito que era antes, fica comprometida. Não tem jeito! A rotina em casa com um bebê recém-nascido é delicada e promove uma transformação geral, que atinge diretamente o casal. Pelo menos foi assim nos primeiros meses de vida do Martin. A amamentação exige muita doação do nosso tempo. O Martin dormia, eu apagava junto. No tempinho que sobrava, eu sonhava em tomar banho com tranquilidade! Foi nesse momento que fortalecemos ainda mais nossa relação e que eu percebi que eu e Pedro começamos a viver e construir a nossa intimidade em pequenos gestos de carinho e gentileza um com o outro. Descobrimos uma nova maneira de namorar e isso fez toda a diferença naquele momento. Depois tudo foi voltando ao normal.
TP – Leva algum conselho da sua mãe na criação dos seus filhos?
BB – Minha mãe é uma mulher maravilhosa e criou a mim e aos meus irmãos com muito amor, dedicação e "pulso firme" na educação. Admiro e sou grata por toda a sua conduta, mas, desde que engravidei, venho seguindo um caminho de busca pela minha maternidade. Não fico presa ao conceito do que "foi bom para mim, vai ser bom para o meu filho". Pode ser que sim, pode ser que não. Não sigo conselhos. Sigo a minha intuição.