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FOLHAPRESS
Na turbulência após as denúncias contra o presidente Michel Temer, o conselho para os investidores é resumido em uma sentença: não faça nada.
Desfazer-se de investimentos com medo de perder dinheiro pode levar a um prejuízo difícil de ser recuperado. Da mesma forma, novas aplicações podem ser arriscadas, já que não é possível prever os desdobramentos da crise.
Mesmo que se mantenha no poder, Temer terá ainda mais dificuldades de aprovar no Congresso as reformas trabalhista e da Previdência.
Impopulares, elas são consideradas essenciais pelo mercado financeiro para a manutenção dos investimentos no país.
Na dúvida, grandes investidores preferem sair de aplicações arriscadas, como ações, e migrar os recursos para ativos mais seguros, como os títulos públicos, levando a oscilações bruscas no mercado.
A Bolsa despencou 9% na quinta-feira (18), enquanto o dólar avançou 8%. No dia seguinte, as perdas foram amenizadas, mas não é possível prever a direção do mercado.
Também houve alteração na expectativa para a taxa Selic. Sem reformas, há dúvidas de que o juro básico cairá dos atuais 11,25% para os 8,50% previstos para o final do ano. Isso faz com que os títulos se desvalorizem.
Por isso, quem aplica em renda fixa também tem a sensação de que está perdendo dinheiro. No entanto, quem mantém o investimento até o vencimento não perde dinheiro.