Nacional

Mulher morre após esperar 14 dias por cirurgia no DF

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga mais uma morte por suposto descaso na rede pública de saúde: uma mulher de 53 anos morreu nesta quinta-feira (11) no Hospital Regional de Taguatinga, após esperar por mais de duas semanas por cirurgia para corrigir uma fratura na perna esquerda. Filho da vítima, o comerciante Paulo Henrique Constantino afirma que houve negligência médica. A Secretaria de Saúde nega e diz que deu toda assistência à paciente.
"Com certeza, foi negligência. Às vezes eu ia à enfermaria à noite procurar um medicamento e não encontrava ninguém. Só depois de três dias que foram botar soro nela", afirma o comerciante. Ele conta que a mãe, Maria Isabel de Jesus, chegou à ala de ortopedia do hospital no dia 26 de novembro, quando já se deparou com a falta de profissionais na unidade.

Ainda segundo Constantino, uma cirurgia foi marcada para o dia 3 de dezembro e cancelada em seguida. "Alegaram que botaram outra pessoa na frente dela. Eu acho que isso é um absurdo. Minha mãe chegou com o fêmur quebrado e saiu de lá no carro do IML", diz. Maria Isabel morava em Petrolina, em Pernambuco, e estava no DF havia cerca de 20 dias para cuidar do neto.

A Secretaria de Saúde afirma que Maria Isabel não foi operada por causa de complicações cardíacas. O laudo do Instituto Médico Legal fica pronto em 30 dias.

As investigações são conduzidas pela 12ª Delegacia de Polícia. Segundo a ocorrência, o quadro clínico de Maria Isabel piorou quatro dias antes da morte, com sintomas de náusea e dificuldade de evacuação. Ainda de acordo com a polícia, exames e procedimentos de protocolo foram realizados após o agravamento do estado de saúde da vítima. O motivo do cancelamento da cirurgia não aparece na ocorrência.

Fonte: Terra

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus