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Mulher morre ao ser atingida em tiroteio durante perseguição

 
Uma mulher foi baleada e morreu em meio a uma troca de tiros durante perseguição policial na tarde desta segunda-feira (1) no Caju, Rio. Célia Maria Santos Peixoto, de 59 anos, estava na calçada do Cemitário do Caju, onde foi visitar o túmulo do neto, morto atropelado há um ano, quando foi atingida.

Familiares estavam revoltados no local por volta das 16h30. A filha de Célia mostrava indignação com o comportamento da Polícia Militar durante a ação. "Eles fazem isso porque não é o filho deles que estava no meio", gritava a filha, ao lado do corpo da mãe.Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, policiais da UPP Caju foram abordar um veículo suspeito, nas proximidades do crematório do Caju, quando os ocupantes do carro atiraram contra os policiais. Os agentes revidaram e os criminosos fugiram em direção à Avenida Brasil. Os agentes da UPP registraram a ocorrência na 17ª DP (São Cristóvão).

'Só queria visitar o neto', diz viúvo
O viúvo, Messias Marques, de 54 anos, afirmou ao G1 que estava chegando em casa e recebeu a notícia por telefone. "Eu tinha dois filhos com ela, estava chegando em casa quando recebi a notícia. Não tenho como explicar essa situação, ela só queria visitar o neto."Ana Carolina Peixoto, de 28 anos, era filha de Célia e afirmou que a mãe estava com os dois irmãos, Márcio e Monique, na hora que foi baleada. "Meu irmão viu a viatura e na mesma hora abraçou as duas [mãe e irmã] e se jogou no chão. Mas não deu tempo, minha mãe morreu" disse.

O neto que Celia estaria indo visitar era o primeiro menino. "Ele foi criado com ela, na casa dela. Eles tinha uma ligação muito forte. Ela dizia que queria ser enterrada com ele e aí aconteceu isso", disse Ana Carolina.Um homem, identificado como Cláudio M. da Silva, de 42 anos, também foi baleado durante a perseguição. Ele foi socorrido pelos Bombeiros do quartel Caju e encaminhado para o Hospital Municipal Souza Aguiar. Com a troca de tiros, o comércio estaria fechando as portas na região.

Irmãos e criança baleados
A Divisão de Homicídio de Belford Roxo (DHBF) identificou e pediu a prisão preventiva de dois suspeitos de assassinar um policial militar e seu irmão, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no sábado (29). Segundo a delegacia, o PM Diego Santos de Oliveira – lotado na UPP do Turano – e seu irmão Diogo foram assassinados por milicianos, após perseguirem dois homens uma motocicleta, que teriam tentado assaltá-los.No tiroteio, uma criança de 2 anos, também chamada Diogo, foi baleada. O pai contou que somente 20 horas após dar entrada no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, conseguiu a transferência do filho para uma unidade com UTI pediátrica, como mostrou o Bom Dia Rio.

“Ficamos revoltados vendo a criança sofrendo lá e nada, nada. Só chegava os outros olhava, uns mexia dali, outros mexia daqui e nada”, criticou o pai Thiago de Lima. Depois de um longo período de espera, o menino Diogo foi transferido para o Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo. Segundo o último boletim médico divulgado pela direção do hospital, o estado de saúde da criança é grave, mas estável. Uma nova avaliação realizada na manhã desta segunda-feira (1°) deve definir se a criança precisará ou não ser submetida à cirurgia.

O menino Diogo estava brincando na calçada, no Morro das Pedras, em Vilar dos Teles, São João de Meriti, quando, por volta das 21h, quatro homens armados trocaram tiros com o PM Diego Santos de Oliveira, lotado na UPP do Morro do Turano. Segundo informações do 21º BPM, os suspeitos tentaram roubar a motocicleta do irmão Diogo, na Estrada Santiago, próximo ao Morro das Pedras.

G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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