Economia

Ministro Blairo Maggi leva em 25 dias o Brasil à Ásia

Fotos: Assessoria 

Em 25 dias, sete países. A missão oficial de uma delegação do Brasil, comandada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PR), foi até o Oriente com o objetivo de ampliar o comércio e a venda de produtos brasileiros como carnes, lacticínios e comodities. O ministro e representantes de 35 empresas do agronegócio brasileiro estiveram no Vietnã, Malásia, Índia, Coreia do Sul, China, Myamar e Tailândia.

De volta a Brasília, Maggi explicou que o continente foi escolhido por concentrar 51% da população mundial e 19% do Produto Interno Bruto do mundo. Os asiáticos ainda consomem 28% das aves, 20% dos bovinos, 38% produtos lácteos.

Visto isso, o ministro acredita que o Brasil tem alto potencial de crescimento e consumo, e investimento em negócios com o Brasil podem chegar a US$1,5 bilhão e US$ 2 bilhões. “Agora, se isso vai se concretizar, é outra história. Os governos criam o ambiente para isso, mas quem firma os contratos é a iniciativa privada", aponta. 

Maggi contou que os poderes asiáticos demonstraram-se receptivos aos possíveis acordos da missão brasileira. "Conseguimos avançar em vários países onde tínhamos pendências. Tenho defendido junto ao presidente Michel Temer que o governo faça essas incursões comerciais para acelerarmos discussões e decisões com países parceiros".

O objetivo, segundo o ministro, é fazer que em cinco anos o Brasil ocupe 10% do mercado mundial agrícola. Atualmente ocupa 6,9% do mercado. “Somos fortes em alguns produtos e inexistentes em outros. Em 40% dos produtos da atividade agrícola, o Brasil tem uma participação boa, mas em 60% deles nós temos uma participação insignificante. Se quisermos ampliar potencial, não será aumentando o volume de soja ou milho, que nós vamos chegar lá. Temos que identificar onde há maior volume de valor agregado e trabalhar para isso”.

O ministro revela que o Brasil é um país que produz com responsabilidade ambiental e agricultura sustentável, defendendo que esse diferencial deve agregar valor à produção brasileira.

“Temos mostrado que o Brasil tem um ativo social e ambiental que poucos países têm no mundo. Cada vez que alguém compra um produto brasileiro, ele está comprando muito mais que um produto, está comprando um pacote ambiental e social que o Brasil tem”, finalizou o ministro.

O ministro ainda apontou que o agronegócio é fundamental para economia do País. 46,2% das exportações feitas são fruto do agronegócio, assim como 21,5% do PIB do País.

Destaque 

Entre os principais resultados da missão, a negociação com o Vietnã para a reabertura de mercado para as carnes suína, bovina e de frango. Técnicos do Vietnã virão ao Brasil para inspecionar frigoríficos. Houve também negociação com o país para a venda de produtos lácteos brasileiros.

Na Índia, empresários negociaram a venda de madeira, couro e pescados. Ainda foi anunciada a construção de uma fábrica para a síntese de ingredientes ativos de agroquímicos no valor de R$1 bilhão. O local onde a fábrica será instalada ainda não está definido.

Na Malásia, avançaram as negociações para maior abertura para a carne de aves do Brasil. O país vai enviar técnicos para inspecionar frigoríficos brasileiros e também para discutir a exportação de bovinos vivos.

Cintia Borges

About Author

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26