Margareth Menezes assina o prefácio da obra, que trata da centralidade da cultura nas políticas públicas e na construção democrática do país
Por gov.br
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou nesta segunda-feira (2), no Rio de Janeiro, do lançamento do livro “Cultura é poder! Pra quê e pra quem?”, da deputada federal Jandira Feghali. O evento, realizado em Ipanema, reuniu autoridades, representantes de instituições culturais e lideranças do setor, como a presidenta da Fundação Nacional das Artes (Funarte), Maria Marighella; o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass; o presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Alexandre Santini; e o secretário-executivo do Ministério da Cultura (MinC), Marcio Tavares.
A obra reúne reflexões da parlamentar sobre o papel estratégico da cultura na formulação de políticas públicas, a partir de sua trajetória na vida política e da atuação no Congresso Nacional. A ministra Margareth Menezes assina o prefácio do livro, que também conta com o poeta e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Geraldo Carneiro na orelha, além de depoimentos da cineasta Petra Costa e da cantora Zélia Duncan na contracapa. Para a ministra, o livro é mais do que uma reflexão: é a constatação de uma realidade vivida por quem faz cultura no Brasil.
“Este livro é uma afirmação de uma realidade que nós, que somos do setor cultural, e também todos que compreendem a cultura como uma força dinâmica de transformação, já sentimos na pele: a cultura tem o poder real de emancipar o pensamento, transformar as relações sociais e gerar emprego e renda. Quando a gente faz a conta, cultura é ativo: soma, multiplica, dá positivo”, disse.
Margareth Menezes também elogiou a trajetória da deputada. “Ela tem um histórico na defesa da cultura, das políticas públicas e dos direitos do povo brasileiro, e faz isso com maestria”, destacou.
Segundo Jandira, a proposta do livro é aprofundar a compreensão sobre o papel da cultura.
“O sentido maior dessa obra é tentar sair dessa ideia de que cultura é só evento, só entretenimento. Cultura é muito mais do que isso. É arte, sim, mas também é uma disputa de valores, é a afirmação da brasilidade”, explicou.
Ela reforçou ainda que a cultura tem papel central no desenvolvimento do país. “É a possibilidade de gerar desenvolvimento econômico e de criar uma civilização com outros valores, de solidariedade, generosidade e senso coletivo. Essa é a intenção deste livro”, concluiu.
Cultura como eixo transversal
Além de participar do lançamento, Margareth Menezes assina o prefácio da obra, onde aprofunda a análise sobre a cultura como campo estratégico de disputa simbólica. No texto, a ministra define o livro como “ao mesmo tempo, testemunho histórico e manifesto político”, e destaca a relevância da abordagem adotada por Jandira Feghali, que conecta cultura com outras áreas estruturantes da vida em sociedade, como saúde, educação, economia, meio ambiente e democracia.
“Jandira analisa diferentes autores e correntes de pensamento e mostra como a cultura atravessa todas essas dimensões. Não se pode pensar cultura de forma desvinculada da construção do poder e da representação política”, escreve a ministra.
Ela também resgata uma frase do ex-ministro Gilberto Gil — “Pensar a política cultural é, também, fazer cultura” — para reforçar que o papel do Estado é garantir condições para que a sociedade exerça plenamente sua vida cultural. Margareth finaliza o prefácio com uma convocação à reflexão e ao engajamento: “Ele nos lembra que cultura é poder, e que disputar esse poder é essencial para um país mais justo, plural e soberano.”
Fonte: https://www.gov.br
Foto Capa: Marcella/Funarte