O presidente Michel Temer marcou uma reunião nesta terça-feira (7) para discutir pautas da área social, após uma série de desgastes envolvendo ministros e medidas polêmicas e criticadas do governo.
O chamado núcleo social inclui, entre outros ministros, a titular dos Direitos Humanos, Luislinda Valois.
Na semana passada, ela virou destaque ao reivindicar do governo o acúmulo do salário integral da atual função com a aposentadoria de desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia.
O acúmulo somaria R$ 61 mil, valor que supera o teto do funcionalismo, de R$ 33,7 mil. Entre as justificativas que apresentou no pedido, disse que trabalhar sem receber contrapartida "se assemelha a trabalho escravo".
Diante da repercussão negativa, ela desistiu.
Na semana passada, a então secretária nacional de Cidadania do Ministério dos Direitos Humanos, Flávia Cristina Piovesan, foi exonerada do cargo após ter criticado portaria que modificava fiscalização do trabalho escravo – editada pelo governo Temer.
Eletrobras
Após ter derrubado a segunda denúncia na Câmara, Temer tenta construir agendas para o governo. Além da social, nesta segunda-feira (6), o governo decidiu enviar por projeto de lei a privatização da Eletrobras ao Congresso.
A decisão foi tomada em uma reunião entre Temer e ministros, no Planalto.
Antes da decisão, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, procurou Rodrigo Maia.
O presidente da Câmara disse ao ministro que se fosse por medida provisória a privatização poderia não andar na Câmara por ser inconstitucional. E que ele trabalharia "por sua convicção" a favor do projeto de lei.
O ministro, então, levou o compromisso de Maia de agilizar a votação ao presidente Temer, que decidiu pelo projeto de lei.