Priscilla Novaes Leone tem 40 anos e, há 14, quando adotou definitivamente seu nome artístico, é Pitty: cantora, compositora, escritora e instrumentista. Conhecida não só por seu trabalho na música, em que é considerada um ícone do rock brasileiro, mas também por sua autenticidade, carisma e coragem, a moça defende seus ideais e luta pelo que acredita. Em 2014, em entrevista à Glamour, contou como superou grandes perdas na vida. Agora, três anos depois, estrelando um editorial de moda na Glamour de novembro, ela fala sobre feminismo, maternidade, educação e sonhos. Confira os cliques, que mesclam country esportivo, e a entrevista abaixo:
Como foi a educação que você recebeu dos seus pais?
Simples e honesta. Venho de um contexto bem roots, uma Salvador dos anos 80, de pais que nunca tiveram vida fácil e sempre batalharam muito para conquistar as coisas. Isso fica impregnado na gente.
Você é conhecida não só por seu trabalho, mas por defender firmemente seus ideais. Isso se dá a criação que recebeu ou às experiências que foi adquirindo?
Acho que a gente é sempre uma mistura de tudo isso. Podendo ir mais para um lado e para o outro, mas ainda assim uma mistura. Considero que a rua e minhas experiências pessoais como um pilar fundamental. As curiosidades, desejos e o fato de me virar sozinha nesses contextos sociais são meu estofo.
Em que a maternidade te mudou?
Na descoberta da paciência infinita (risos). Mentira, não é infinita, mas é bem maior do que eu pensava.
Como você educa sua filha para o mundo em que vivemos?
Para que ela seja livre, responsável, dona de suas decisões e para que se sinta segura. Mas acho que esse lance é uma via de duas mãos, e nada adianta se a gente não pensar na recíproca: educar o mundo em que vivemos para os nossos filhos.
Tem alguma dica que você dá para os pais lidarem com a educação dos filhos em meio a tanto preconceito e machismo?
Não sei se estou apta a dar dicas, também sou mãe recente e estou aprendendo, mas penso que quando nossos valores são claros para nós mesmos, a gente consegue defender isso de forma firme e doce na sociedade. Então talvez seja descobrir os próprios valores e o que é importante para você e sua família.
Qual é o seu maior sonho?
Fazer música, gravar discos até o fim da vida, viver da arte e experimentar outras possibilidades de comunicação através de vídeo, TV e literatura.