Analistas do mercado financeiro reduziram suas previsões de inflação e de crescimento da economia para 2018. Segundo dados do relatório de mercado conhecido como "Focus", os economistas ouvidos pelo Banco Central estimam uma inflação de 3,95% em 2018, contra 3,96% do último relatório.
Já a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 caiu de 2,70% para 2,69%.
O Focus é feito com base em pesquisa do Banco Central, da semana passada, com mais de 100 instituições financeiras. Este foi o primeiro relatório feito em 2018.
Para 2017, o mercado elevou a previsão de crescimento do PIB de 1% para 1,01% e aumentou de 2,78% para 2,79% a inflação prevista para 2017.
Com isso, a inflação em 2017 deve ficar abaixo da meta fixada pelo governo. Pelo sistema brasileiro, a meta central é de 4,5% para este ano e para 2018, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo, de modo que a inflação pode ficar entre 3% e 6% sem que seja formalmente descumprida.
Quando a meta de inflação é descumprida, o presidente do Banco Central tem que escrever uma carta pública ao ministro da Fazenda explicando as razões para a variação fora da previsão.
Juros
O mercado estima que no fim de 2018 a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, esteja em 6,75%. Atualmente a Selic está em 7%.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 ficou estável em R$ 3,34.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, apresentou uma leve queda de US$ 52,5 bilhões para US$ 52 bilhões de resultado positivo.
Na semana passada o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) divulgou que a balança comercial fechou 2017 com superávit de US$ 67 bilhões. O resultado é bem próximo da última estimativa do mercado, que previa um resultado positivo de US$ 66 bilhões para 2017.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, permaneceu em US$ 80 bilhões. Já a estimativa para 2017 caiu de US$ 80 bilhões para US$ 78 bilhões.