Por Lucas Bellinello
A partir de janeiro de 2024, uma nova resolução do Ministério de Minas e Energia provocará uma significativa mudança no cenário dos eletrodomésticos no Brasil, especialmente no que diz respeito às geladeiras e congeladores destinados ao uso doméstico.
A resolução em questão refere-se ao Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores, que será regido por índices mínimos de eficiência energética. Este programa, enquanto busca promover aparelhos mais eficientes e reduzir as emissões de CO2, tem gerado preocupações devido ao possível impacto nos preços, o que dificultará o acesso dos consumidores de baixa renda a esse importante eletrodoméstico.
De acordo com associações do setor, a medida pode eliminar do mercado cerca de 83% das geladeiras, especialmente aquelas com valores inferiores a R$ 5.000. Apesar dos benefícios esperados, como a redução na conta de energia elétrica e a economia de 11,2 Terawatthora de energia até 2030, estima-se que os consumidores mais afetados sejam aqueles com menor poder aquisitivo.
Os fabricantes enfrentarão o desafio de se adequarem aos novos índices de eficiência, com a meta de produzir produtos 17% mais eficientes até 2028. O programa será implementado em duas fases: a primeira, entre 2024 e 2025, com a meta de atingir 85,5% de eficiência, seguida por uma segunda fase de 2026 a 2027, gradualmente retirando do mercado os equipamentos menos eficientes.
Assim, enquanto a iniciativa busca alcançar metas ambientais e econômicas a longo prazo, levanta-se a preocupação sobre o possível impacto social imediato, com a elevação dos preços tornando as geladeiras mais inacessíveis para uma parcela significativa da população.