A funkeira MC Carol (Foto: Fernando Schlaepfe/Divulgação)
A funkeira carioca MC Carol anunciou que vai acionar na sexta-feira (26) a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio de Janeiro contra um grupo de pessoas que publicou ofensas racistas e preconceituosas em sua página no Facebook.
Nesta terça (23), a cantora sofreu uma onda de ataques em um post na rede social, todos acompanhados de uma mesma hashtag. "Me disseram que eu deveria perder minha voz, que não deveria andar na rua, além de outras coisas muito absurdas", contou ao G1.
"É ridículo o preconceito racial num país como o nosso, em que todos somos uma mistura. Tenho uma força muito grande dentro de mim. Sou invicta e inabalável. Essas coisas não mexem comigo."
Ela lembra que já viveu uma situação parecida em 2014, quando recebeu ofensas racistas no YouTube. Na época, decidiu não levar o caso adiante.
'Mais força'
Em um desabafo publicado em suas páginas oficiais, Carol reiterou que não se deixou abalar pelas ofensas. "Para quem acha mesmo que isso vai surtir algum efeito na minha vida, que vou entrar em depressão e largar meu trabalho, que eu vou dar 15 minutos de fama para um bando de atoas, esquece."
Conhecida por letras que propagam o feminismo e protestam contra o racismo no Brasil, a funkeira disse ao G1 que o episódio lhe dá "mais força" para prosseguir com a carreira.
"Vai ter mulher preta, gorda e de comunidade nos palcos de eventos internacionais, nas passarelas, na tv, na internet, nos comerciais, na rádio, nos cinemas e em qualquer lugar que vocês imaginarem. E, se reclamar, vai ter mais", escreveu nas redes sociais.
Previsto no Código Penal, o crime de injúria racial prevê pena de reclusão de um a três anos, além de multa. Outros artistas, entre eles a cantora Preta Gil, a jornalista Maju Coutinho e a atriz Taís Araújo, já sofreram ataques semelhantes na internet.
Fonte; G1