O número é bem superior quando comparamos com a criação de gado, tendo em vista que uma vaca dá à luz a um ou dois bezerros, no máximo, em períodos que geralmente são de um ano e meioa cada parto. O boi é abatido quando atinge entre 450 kg e 500 kg, engorda que exige dois anos de idade, no mínimo.
Segundo o diretor executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues de Castro Jr., o nicho deu um salto, desde que começou a dar os primeiros passos no Estado, entre o fim dos anos 1970 e início de 1980. Na época, os produtores queriam agregar valor aos grãos produzidos, para serem usados na ração. A atividade, no entanto, experimentou grande evolução, sobretudo na última década.
“Saímos de 2001 com 20 mil matrizes para hoje, depois de 12 anos, termos 120 mil matrizes. A suinocultura, na verdade, acompanha o desenvolvimento dos grãos e do agronegócio”, diz ele.
Custódio também afirma que a área possui grande espaço para se desenvolver. Comparando com Santa Catarina – o maior Estado produtor, que possui, segundo ele, 180 animais por hectare de terra – ele diz que políticas públicas, sobretudo nas áreas de logística e sanitária, precisam ser implementadas para tornar o negócio mais competitivo, com menor custo para a produção.
“A cadeia da suinocultura gera renda e emprego. Não se justifica a negligência, por parte dos governos federal e estadual, em relação às condições sanitárias e logísticas, necessária ao escoamento da produção”.