No último mês de agosto, o número de bovinos abatidos registrou 7,85% em Mato Grosso, no comparativo mensal, o valor corresponde a 397,82 mil animais. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) destacou em seu relatório a composição do abate, apontando que a proporção machos/fêmeas atingiu o maior valor do ano e o maior valor para um mês de agosto desde 2009, os machos compuseram 63,44% da “linha de abate”.
Os dados são do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), que aponta os fatores que causaram a redução do abate, como a seca e define como “típica desta época do ano, e que desde maio vem assolando as pastagens mato-grossenses”.
Outro fator seria o confinamento, sistema de produção comumente utilizado para engordar bovinos no Estado no período da seca. “O confinamento apresentou grandes baixas em suas expectativas, e como se pode observar, isto já tem e deve continuar tendo impacto na entrega de animais para abate”, descreve o relatório.
O relatório também ressalta a importância das exportações como fonte de geração de receita para as indústrias frigoríficas do Estado e afirma que 20% da produção de carne bovina mato-grossense tem destino estrangeiro. O Imea destaca ainda que Mato Grosso é o segundo maior exportador de carne bovina do país.
O acumulado dos primeiros oito meses de 2016 enviou 142,21 mil toneladas de proteína bovina para o exterior, arrecadando US$ 579,33 milhões. Segundo o instituto, esse ainda seria o menor valor arrecadado em dólares dos últimos três anos, quando se converte esta quantia para reais, vislumbra-se a maior arrecadação da história, com um total de R$ 2,07 bilhões provenientes da exportação de carne bovina in natura.
O Instituto alerta quanto aos bons números que a exportação tem proporcionado, visto que várias destas empresas têm despesas em dólar, e a arrecadação de dólares delas tem caído.