Mato Grosso teve a maior participação no plantio de soja em desacordo com a Moratória da Soja. O Estado teve 28,3 mil hectares de plantação do grão na safra 2015/16 em discordância com o pacto ambiental, o que representa 4,3% do total da área desflorestada no bioma Amazônia no estado. Os dados são do Relatório Moratória da Soja, divulgado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), em São Paulo, na última quarta-feira (18).
O mapeamento foi elaborado pela Agrosatélite e auditado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mantém o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes).
O Estado de MT fica atrás do Estado do Pará, que teve 7,5 mil hectares de soja plantadas em áreas de desmatamento, Rondônia (1,4 mil hectares) e do Amapá (40 hectares). Para realizar o estudo, foram selecionados 87 municípios principais produtores de soja do bioma Amazônia, sendo 62 em Mato Grosso, 11 no Pará, nove em Rondônia, três Roraima e dois no Amapá, o que representa 98% da área de soja cultivada no bioma. Os 62 municípios mato-grossenses tiveram uma área desmatada de 334.729 hectares durante a Moratória, que teve periodicidade de 10 anos e foi renovada por tempo indeterminado.
O relatório concluiu também que grande parte da soja em desacordo está concentrada em pequenos municípios produtores. Em Mato Grosso destacam-se Santa Carmem (509 km de Cuiabá), que teve 3.767 hectares de plantio em desacordo, seguido por Feliz Natal (511 km), com 3.246 hectares. O município de Feliz Natal também foi um dos que mais desmatou, com 23.326 hectares de área desmatada durante a Moratória. Nova Ubiratã (478 km) e Nova Maringá (369 km), figuraram em 3º e 4º lugar, respectivamente.
Com Assessoria
