Mato Grosso já recolheu R$ 8,036 bilhões em impostos em 2020. A quantia equivalente a 40% do total do orçamento anual do Estado foi registrada pelo impostômetro administrado pela Fecomércio (Federação do Comércio de Bens e Serviços) de Mato Grosso até essa sexta-feira (13).
O valor pago pela população em Mato Grosso é em tributos municipais, estaduais e federais. O montante é 3,9% superior ao registrado até o mesmo período do ano passado.
Segundo a Fecomércio-MT, um dos fatores para o aumento se dá pela nova alíquota do ICMS em vigor desde 1º de janeiro.
Outro fator foi, dessa vez na esfera federal, o não reajuste da tabela de Imposto de Renda Pessoal Física (IRPF). Com a promessa de campanha do atual presidente da República em não aumentar a carga tributária durante o seu governo, Jair Bolsonaro teria que fazer um reajuste de 7,39% no imposto federal.
A porcentagem corresponde à defasagem da inflação acumulada nos dois anos de governo. Portanto, ainda deve declarar o IR neste ano quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019. A Receita Federal espera receber 32 milhões de declarações do IRPF em 2020.
A arrecadação nacional até a sexta-feira, 13, foi de R$ 550 bilhões. O valor maior do que o registrado nos primeiros 73 dias do ano passado está atrelado a melhora da economia, com diminuição dos gastos públicos, que passou de 1,2% em janeiro do ano passado para 0,75% em janeiro agora.
O boletim do impostômetro divulga além do valor pago em tributos pela população, traz ainda informações sobre questões tributárias do estado e país.
O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc e Senac em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.