O que poderia ser apenas mais um número para as estatísticas da criminalidade no Rio Grande do Sul ganhou contornos ainda mais trágicos nesta terça-feira, 20. O suposto latrocínio que no último sábado, 17, em Canoas, tirou a vida de Andressa Ellwanger Friedrich, 25, foi na verdade um crime encomendado pelo próprio marido. André Friedrich, de 33 anos, confessou que brigas envolvendo uma suposta herança e um seguro no valor de R$ 160 mil motivaram o crime.
A família voltava para casa no começo da madrugada do dia 17 de setembro quando foi surpreendida por um bandido na garagem de casa. O homem anunciou o assalto e fugiu com o carro da família após disparar contra a cabeça da vítima, tudo isso na frente da filha de um ano do casal. A versão do marido começou a despertar suspeitas quando o veículo foi encontrado com todos os pertences em um matagal, sem danos aparentes.
O suspeito de atirar em Andressa foi encontrado pela polícia e confessou que receberia R$ 10 mil do marido de Andressa para executar a jovem. Ao ser chamado novamente para depor, e tendo a versão inicial confrontada pela investigação, ele confessou o envolvimento no caso. Disse que o casal vinha brigando e que contratou os serviços de Anderson Souza, namorado de uma prima, para realizar a execução.
A atuação de uma terceira pessoa não está descartada. Anderson, primeiro a confessar envolvimento no homicídio, participou do enterro da vítima. Andressa chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois de dar entrada no hospital.
A filha do casal está aos cuidados de parentes. Souza e Friedrich já estão presos e, se condenados, poderão pegar entre 12 e 30 anos de cadeia. Inicialmente, a acusação deve incluir homicídio por motivo torpe.
Fonte: Terra