Política

Maluf: ‘Rejeição a Taques está caindo e já buscamos a reeleição’

O deputado Guilherme Maluf (PSDB) disse acreditar que os escândalos de corrupção levantados no governo Pedro Taques (PSDB) não deverão atrapalhar o tucano na corrida para a reeleição. Aliás, ele também acredita que o governador tem chances de vencer a disputa ainda no primeiro turno, embora considere que não será uma eleição fácil.

Diversos políticos e servidores do primeiro escalão do governo foram alvo de investigações e operações ao longo do mandato de Taques. Do alto escalão da Segurança Pública e presidentes de autarquia ao ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques – que também é primo do governador. No entanto, para o deputado Maluf, por não terem envolvimento direto com o governador, os casos não deverão afetar o projeto de reeleição.

“Os atos de corrupção do governo dele [Taques] foram denunciados e estão sendo apurados. Existem autores desses atos suspeitos, vamos dizer assim, presos. Mas eu não vejo nenhuma forma direta de comprometimento do governador Pedro Taques”, observou o deputado em entrevista à rádio Capital FM, na manhã desta quinta-feira (28).

Sobre o assunto, o próprio governador já havia se manifestado.  "Quem vai avaliar é o cidadão. Eu não tenho medo de julgamentos, de investigação. Não tenho medo de nada disso”, disse, um dia após ter os dois primos presos por envolvimento no esquema que desviava dinheiro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

O líder dos tucanos, deputado federal Nilson Leitão, também já discutiu o mérito do assunto e não concorda com os correligionários. Em entrevista passada, o parlamentar afirmou que a imagem do governo é, sim, afetada pelos acontecimentos, principalmente quando são pautados pela Justiça. No entanto, ele observou que Taques também foi prejudicado pela situação com a qual assumiu o governo.

“Com a bomba relógio que foi preparada pro mandado seguinte, que o Pedro assumiu, obviamente ele tem dificuldades de governar com qualidade e tranquilidade”, disse à época.

Rejeição em queda

Apesar dos fatos, tudo parece ter ficado no passado. Pesquisas recentes apontam queda no índice de rejeição ao governo, o que, segundo Maluf, é perceptível. A novidade anima os tucanos no projeto de reeleição.

“Nas pesquisas que eu tenho acompanhado, a rejeição do governador Pedro Taques vêm caindo dia a dia e já foi bem maior do que é hoje”, comentou. “Nós não temos data, caminho e hora para um ponto de partida. Nós já estamos trabalhando a candidatura do governador Pedro Taques e nossa expectativa é realmente diminuir essa rejeição”, ponderou o parlamentar.

No final de semana passado, Taques participou de um evento suprapartidário em Rondonópolis, no qual se reuniu com lideranças do PSB, PPS, PRTB, Solidariedade, Avante e Patriota. Ele também dialoga com os partidos chamados “frentinha” (Podemos, Pros, PMN, PRP, DC) em busca de apoio.

Primeiro turno

O deputado estadual também disse acreditar na possibilidade de Taques vencer as eleições em primeiro turno. Segundo ele, o partido sabe que não seria uma disputa fácil, considerando os nomes já pré-colocados e que, conforme as mais variadas pesquisas, estão à frente do governador nas intenções de voto.

Ainda assim, é possível. “Eu acho que pode acontecer, sim, do governador ganhar em primeiro turno”, afirmou. “Não vai ser fácil, porque temos ai candidatos já colocados, como Mauro Mendes, Wellington Fagundes, então vai ser uma eleição bem disputada”, ponderou.

Uma das estratégias que podem colocar Taques à frente, segundo o deputado, é a apresentação das realizações como governador. “Ele tem muita coisa para mostrar, para entregar e reverter essa rejeição dele. É nessas entregas e na demonstração do que ele fez aí a frente do governo”, comentou.

No entanto, o assunto já causou polêmica no início desta semana, quando a oposição levantou sobre o uso da máquina pública para campanha. Por sua vez, sem titubear, Taques rebateu: “Se eu faço, reclamam. Se eu não faço, reclamam. É para fazer o que? O que a oposição quer? Uso da máquina? Tem que denunciar no Ministério Público. Que façam isso”. Uma das lideranças da oposição, o ex-governador Julio Campos (DEM), também já foi taxativo sobre o assunto: “lançar obras, repassar dinheiro, ele não faz mais que a obrigação”.

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