Internacional

Mais de 400 crianças morreram no conflito em Gaza, diz Unicef

 
"A ofensiva teve um impacto catastrófico e trágico nas crianças. Se levarmos em conta o que estes números representam para a população de Gaza, é como se tivessem morrido 200 mil crianças nos Estados Unidos", afirmou Pernille Ironside, chefe do Unicef em Gaza.Nesta terça-feira (5), Israel anunciou a retirada de suas tropas da cidade de Gaza para posições defensivas, 15 minutos antes do cessar-fogo de 3 dias proposto pelo Egito e aceito por israelenses e as facções palestinas, incluindo o Hamas, entrar em vigor.Ironside ressaltou que não há eletricidade e que os sistemas de água potável e saneamento não funcionam, por isso o perigo de doenças transmissíveis e de diarreia -que pode ser fatal em menores de cinco anos- é iminente.
 
"É preciso se levar em conta o tamanho da Faixa de Gaza, são 45 quilômetros de comprimento por entre seis e 14 de largura. Não há uma só família que não tenha sido diretamente afetada por alguma perda", disse."A destruição é total. Usaram armamentos horríveis que provocam terríveis amputações. E isto se passou na frente dos olhos das crianças, que viram morrer seus amigos e seus pais", afirmou a funcionária.Por isso o Unicef calcula que 370 mil crianças necessitarão ajuda psicológica para superar o trauma.
 
 
"Levemos em conta que uma criança que tem sete anos já passou por três ofensivas, a de 2008-2009, a de 2012 e a de agora. Imaginem o impacto que isso pode ter tanto nas crianças menores como nas quais já entendem o que isso significa", afirmou.Os bombardeios israelenses afetaram 142 escolas em Gaza, incluídas 89 da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), enumerou Ironside, que lembrou os ataques diretos a três colégios da ONU.
 
Cessar-fogo
Começou às 8h desta terça-feira (5) – 2h em Brasília – a trégua de três dias proposta pelo Egito e aceita por Israel e facções palestinas, incluindo o Hamas, na Faixa de Gaza, após uma intensa pressão internacional para acabar com um conflito – que em 29 dias, deixou quase 1.900 mortos no território palestino.Quinze minutos antes do início do cessar-fogo, as tropas israelenses anunciaram a saída das tropas que haviam entrado em Gaza para a operação destinada a acabar com o lançamento de foguetes do Hamas e destruir os túneis usados pelos islamitas para infiltrar-se em território israelense.
 
"As forças de defesa de Israel serão redistribuídas em posições defensivas fora da Faixa de Gaza. Vamos manter essas posições defensivas", disse o tenente-coronel e porta-voz do Exército Peter Lerner, segundo a France Presse.As duas partes demonstram determinação em prosseguir com os combates quase até o momento do início do cessar-fogo, às 8h.As sirenes soaram em Jerusalém, Tel Aviv e nas regiões central e sul de Israel para uma última salva de 16 foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza. Um projétil atingiu uma casa palestina perto de Belém (Cisjordânia), sem provocar vítimas, segundo testemunhas.
 
A aviação israelense realizou pelo menos cinco bombardeios na Faixa de Gaza, que não provocaram mortos nem feridos, antes do início da trégua, segundo correspondentes da AFP.Esta é a segunda trégua de 72 horas que as duas partes decidem respeitar nos últimos quatro dias. A anterior, em 1º de agosto, negociada com mediação dos Estados Unidos e da ONU, durou apenas 90 minutos e terminou com um banho de sangue.
 
G1

Redação

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