A Caixa Econômica Federal registrou um lucro líquido de R$ 998 milhões no terceiro trimestre, uma redução de 67% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos nove primeiros meses do ano, o lucro da Caixa soma R$ 3,44 bilhões, uma retração de 47% na comparação anual.
A inadimplência subiu no terceiro trimestre, saltando de 3,2%, em junho, para 3,48% em setembro. A Caixa ressaltou que o resultado está abaixo da média do mercado – de 3,73%. "O crescimento no período foi influenciado por um grupo econômico específico do setor de óleo e gás. Excluído esse efeito, a inadimplência alcançaria 3,26% e ficaria estável em relação ao trimestre anterior e ao terceiro trimestre de 2015", informou a Caixa, no seu relatório de divulgação de resultados.
Ao contrário dos demais bancos, que elevaram as provisões contra calote no terceiro trimestre do ano, a Caixa reduziu as reservas. O valor das chamadas provisões para devedores duvidosos somou R$ 5,1 bilhões no trimestre, recuo de 18,4% em relação ao mesmo período de 2015.
A Caixa diz que a queda nas provisões é "reflexo das ações de aperfeiçoamento da gestão de risco, da cobrança e de todos os demais elementos do ciclo do crédito que
continuam a produzir os efeitos desejados".
Crédito
A carteira de crédito da Caixa Econômica subiu R$ 699,6 bilhões no terceiro trimestre, uma expansão de 5% em relação a 12 meses. "O crescimento das operações de habitação, saneamento e infraestrutura, e crédito consignado, que possuem baixo risco, foram os principais responsáveis pelo aumento da carteira", disse o banco, em relatório.
As linhas de financiamento imobiliário, o maior segmento da Caixa, somaram R$ 401,5 bilhões, evolução de 6,7% em 12 meses. As operações de saneamento e infraestrutura apresentaram saldo de R$ 77,8 bilhões, avanço de 13,8% em 12 meses.
Já as chamadas operações de crédito comerciais para pessoa física e jurídica somaram R$ 193,5 bilhões em empréstimos no terceiro trimestre, uma retração de 1,9% na comparação com o terceiro trimestre do ano anterior. A maior retração ocorreu nos empréstimos para empresas, que tiveram queda de 4,2%.
Fonte: G1