Política

Lista era de deputados presentes em reunião com Silval, diz Romoaldo

O deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB) diz que a lista apresentada por Silval Barbosa (PMDB) como pagamentos de propina é marcava a presença de parlamentares em reunião com o então governador. Ele negou que os nomes são anotação de dinheiro repassado como compra de apoio ao Executivo, entre 2010 e 2014, no entanto, não especificou o que era tratado nas reuniões.

“O governador fazia reunião com os deputados, e eu fazia anotação de quem comparecia. Nunca existiu pagamento de mensalinho. O que cada gabinete fazia era assistência social. O dinheiro liberado era usado para ajudar a sociedade, com hospedagem, alimentação, por exemplo. E isso não é mais praticado há muito tempo.”

Na documentação entregue por Silval Barbosa à Procuradoria Geral da República (PGR) no acordo de delação premiada contém uma lista de 24 parlamentares que teriam recebido dinheiro via desvios do programa MT Integrado e de empresas. No primeiro caso, alguns deputados teriam recebido até R$ 600 mil em parcelas.

“Essa história de que toda Mesa Diretora da Assembleia foi comprada é mentira. Não é assim que funciona. Eu participei de várias negociações de Mesa Diretora e posso dizer que não vou pagamento. O Silval disse muita coisa para sair da cadeia. Ele não vai conseguir comprovar tudo o que ele disse.”

Os 24 deputados teriam recebido propina do ex-governador Silval Barbosa entre 2012 e 2013, de esquemas em obras do MT Integrado, Copa do Mundo e empresas beneficiadas com incentivos fiscais.

Os pagamentos teriam iniciado em 2012 a partir de uma reunião dos deputados Romoaldo Junior (PMDB), então líder do governo, José Geraldo Riva (à época presidente da Assembleia Legislativa), Mauro Savi (PSD) (o primeiro-secretário), Gilmar Fabris (PSD), Baiano Filho (PSDB), Wagner Ramos (PSD) e Dilmar Dal Bosco (DEM).

Eles teriam exigido o pagamento de R$ 1 milhão para cada deputado, condicionando a aprovação das contas anuais de Silval Barbosa ao pagamento do esquema. Esse tipo de reunião aparece em mais de um caso citado pelo ex-governador, sempre com a participação de membros da Mesa Diretora da Assembleia no período.

Silval teria feito uma contraproposta de R$ 400 mil, e a negociação foi fechada em R$ 600 mil, que seriam pagos em 12 parcelas. O valor equivalia entre 3 e 4% do total de contratos assinados por empresas envolvidas no MT Integrado, nas obras da Copa e seria utilizado, segundo Silval, para quitar dívidas de campanha.

As construtoras citadas são Guaxe e Encomind; 3 irmãos Engenharia; JM Terraplanagem e Construção; Agrimat Engenharia e Empreendimentos; Rio Tocantins; Francisco Marino; Base Dupla; Camargo Campos; Destesa Engenharia e Construção; Dínamo Construtora; H.L. Construtora; OK Construtora e Serviços; Campesato; Apuí Construtora; e Centro-Oeste Construtora.

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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