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Leonardo Vieira vai a delegacia no Rio após sofrer homofobia na web

Leonardo Vieira na chegada à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio (Foto: Anderson Borde/AgNews)

Após ir até a Comissão de Direiros Humanos para discutir formas de combater a homofobia, o ator Leonardo Vieira esteve, nesta segunda-feira, 9, na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio de Janeiro, para denunciar os ataques virtuais que sofreu após ser clicado aos beijos em uma boate. Acompanhado de mais duas pessoas, o ator chegou ao local por volta das 15h40.

Na saída da delegacia, o ator conversou rapidamento com a imprensa. "Vim prestar queixa dos ataques homofóbicos que estou sofrendo, a delegacia tem meios de achar essas pessoas que eu tenho. Vou avaliar posteriormente se vou fazer uma queixa crime contra essas pessoas", disse ele. "O que me fez estar aqui e me expor é ajudar pessoas a não passarem pelo que passei. Quero que passe a ser crime. Tem pessoas que morrem por isso. Estou dando voz às pessoas que não podem ser ouvidas", disse ele, agradecendo ao apoio: "Fico comovido."

"No dia 28 de dezembro, comemorei meu aniversário e, para celebrar, fui a uma festa privada de um conhecido. Lá reencontrei um amigo que já não mora mais no Brasil  e acabamos nos beijando. Um fotógrafo não perdeu a oportunidade e disparou uma rajada de cliques registrando a situação. O que era para ser um momento meu, acabou se tornando público. No dia seguinte, a foto do beijo entre dois homens estava estampada na capa de um grande site de celebridades e replicada em diversos outros espaços", escreveu.

"Nunca escondi minha sexualidade, quem me conhece sabe disso. Não estou 'saindo do armário', porque nunca estive dentro de um. Também nunca fui um enrustido. Meus pais souberam da minha orientação sexual desde quando eu ainda era muito jovem. No início não foi fácil pra eles, pois somos de famílias católicas e com características bem conservadoras, mas com o tempo eles passaram a me respeitar e aceitar a minha orientação. Eles puderam perceber através da minha conduta que isso era apenas um detalhe da minha personalidade. Eles entenderam que o filho deles podia ser uma boa pessoa, honesto, bom caráter, bom filho, bom amigo, mesmo sendo 'gay'. Hoje, a única preocupação da minha mãe é que eu não seja feliz. Eu posso afirmar para ela que sou feliz. Tenho um trabalho que me realiza, amigos que me amam e uma família que me conhece de verdade e que me aceita como eu sou, sem hipocrisias. Meu caso não é nem o primeiro e nem será o último", continuou.

 

Fonte: G1

Redação

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