Política

Léo Pinheiro se cala em depoimento a Moro

Oitiva é em relação a processo envolvendo ex-ministro Gim Argello (Foto: Reprodução)

O empresário José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, ficou em silêncio durante depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, nesta quarta-feira (24).

A oitiva é relativa a ação da 28ª fase da Operação Lava Jato, envolvendo o ex-senadorGim Argello e outras sete pessoas.

“Por orientação dos meus advogados, vou permanecer em silêncio”, disse o ex-presidente da OAS. Calar-se é um direito dele, garantido e sinalizado pelo juiz antes do depoimento.

O empresário teve sua delação suspensa pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, após o vazamento de um trecho que estaria no conteúdo da colaboração envolvendo o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele já tinha assinado um termo de confidencialidade, que é a fase ainda inicial da delação, mas ainda não havia firmado o acordo propriamente dito. Os anexos apresentados estão sendo devolvidos para seus advogados.

Léo Pinheiro já foi condenado pela Justiça Federal em outra ação, em primeira instância, a 16 anos e quatro meses de prisão acusado de cometer os crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Mensagens
Em janeiro, o G1 e a TV Globo tiveram acesso a mensagens de celular trocadas entre Léo Pinheiro e diversos interlocutores, que mostravam que a rede de contatos do executivo abrangia integrantes dos três poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário.

As mensagens estavam em celulares apreendidos pela Polícia Federal e fazem parte das investigações da Lava Jato.

Entre as centenas de mensagens obtidas pela Polícia Federal após a prisão e apreensão dos celulares de Pinheiro, há contatos diretos do empreiteiro com autoridades e referências a políticos em mensagens trocadas com outras pessoas.

Na troca de mensagens, políticos chegam a cobrar o repasse de recursos que teriam sido prometidos pelo ex-presidente da OAS.

Fonte: G1

Redação

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