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‘Lágrimas de crocodilo’: 5 expressões sobre animais que você usa errado sem saber

Esses ditados sobre animais fazem parte do nosso dia a dia, mas a ciência mostra que muitos deles não têm nada a ver com a realidade

Gabrielle Tavares

Já ouviu que alguém “come como um passarinho” ou tem “lágrimas de crocodilo”? Expressões como essas fazem parte do nosso vocabulário desde a infância.

Sabemos o que significam, mas raramente paramos para pensar se ela têm alguma base real. A ciência mostra que, na maioria das vezes, não.

5 expressões sobre animais que você usa errado sem saber

1. Come como um passarinho

Dizer que alguém “come como um passarinho” para indicar que se alimenta pouco é um erro. Na realidade, muitas aves comem proporcionalmente mais do que a maioria dos mamíferos.

O beija-flor, por exemplo, consome até o dobro do próprio peso todos os dias para sustentar o bater frenético das asas. Pássaros maiores chegam a comer um quarto do peso corporal diariamente.

passarinho comendoAo contrário do que diz o mito popular sobre esses animais, alguns passarinhos comem muito – Foto: Natalia Allenspach/ND

Ou seja, dizer que uma pessoa come como um passarinho, é dar a entender que ela tem um apetite considerável.

2. Lágrimas de crocodilo

A expressão significa que alguém é falso, que finge tristeza. No entanto, as lágrimas de crocodilo não têm nada a ver com emoção, nem verdadeira, nem falsa.

Esses répteis possuem glândulas lacrimais que lubrificam os olhos e, durante a alimentação, o esforço muscular e a respiração podem fazê-los lacrimejar sem querer.

É apenas uma reação fisiológica, como o suor nos humanos, e não um ato de emoção ou fingimento.

3. Teimoso como uma mula

mulaA mula é um animal bastante inteligente – Foto: Reprodução/ND

Mulas e burros são vistos como animais teimosos, ignorantes. Contudo, um estudo da Universidade de Canterbury Christ Church mostram que eles são, na verdade, muito inteligentes e cautelosos.

A fama de “burra” das mulas surgiu porque esses animais podem apresentar resistências a certos comandos dos humanos.

No entanto, eles não obedecem porque não entendem o que devem fazer, mas, sim, para evitar se colocar em situações perigosas e desconfortáveis.

Pesquisas indicam, inclusive, que mulas têm excelente capacidade de resolução de problemas, superando até cavalos e cães em alguns testes.

4. Os gatos têm sete vidas

gato arranhando sofáOs gatos não têm várias vidas – Foto: Reprodução/ND

O mito surgiu provavelmente pela habilidade dos gatos de sobreviver a quedas e situações de risco.

Embora sejam ágeis e consigam se endireitar no ar, eles podem se ferir gravemente ou morrer tanto em quedas baixas quanto de grandes alturas.

Além disso, enfrentam riscos comuns como atropelamentos, brigas e doenças. Ou seja, a sobrevivência felina é fruto de habilidades naturais, mas nada de sobrenatural.

5. Você não pode ensinar truques novos a um cachorro velho

cachorro velhoOs cachorros velhos são capazes de aprender truques novos – Foto: Freepik/Reprodução/ND

A frase é usada para dizer que pessoas mais velhas não aprendem coisas novas, mas os animais mais velhos podem aprender comandos e habilidades, embora o processo possa levar um pouco mais de tempo.

Foi o que mostrou pesquisadores da Universidade de Medicina Veterinária de Viena. Eles trabalharam com 145 border collies com idades entre 6 meses e 14 anos e observaram se a atenção e concentração mudavam com a idade.

Os testes mostraram que os cães mais velhos tendiam a perder o interesse em objeto antes dos cães mais jovens, mas se houvesse uma pessoa com o brinquedo, os cães mais velhos se mostravam tão interessados quanto os mais jovens.

Ou seja, eles são capazes de aprender coisas novas, desde que estimulados da maneira correta.

Foto Capa: Reprodução/ND

Fonte: https://ndmais.com.br

Agência de Notícias

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