Na madrugada daquele 20 de agosto, uma das câmeras do circuito interno flagrou um carro seguindo pela rua lateral do presídio. Logo depois, os explosivos colocados junto ao muro foram detonados. Em meio à fumaça, o grupo de detentos escapou da prisão.
De acordo com as investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), a fuga foi financiada por Lindomar Alves, apontado como um chefe de quadrilha de alta periculosidade. Ele está preso na Bahia.
Segundo o chefe do GCCO, o delegado Flávio Stringuetta, a quadrilha que era comandada pelo criminoso conseguiu reunir uma fortuna nos anos de ataques a bancos e carros-fortes. Só o suspeito seria dono de um patrimônio estimado de R$ 5 milhões. Parte desse dinheiro teria sido usada para libertar os criminosos.
“Segundo as investigações, ele [Lindomar] teria sido o comandante do grupo que executou essa fuga e, dessa forma, conseguiu livrar vários suspeitos da prisão”, informou o delegado.
Para não levantar suspeitas, Lindomar se passava por um fazendeiro de sucesso. Mas as investigações da Polícia Civil apontaram o contrário. Ele também é suspeito de ter comandado vários ataques a bancos em Mato Grosso.
Em um dos assaltos, a quadrilha chefiada por ele aterrorizou a pequena população de Campo Novo do Parecis, em 2011. Na época, a quadrilha fez dezenas de reféns para levar o dinheiro de uma agência bancária da cidade.
O suspeito está preso em um presídio baiano e aguarda o julgamento dos processos. Ele foi monitorado após a ação que culminou com a explosão do muro da unidade e acabou preso no estado de Goiás.
Fonte: Água Boa News
