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Por G1
Aos 30 anos, Klebber Toledo faz jus ao rótulo de galã global. Simpático, bom moço, bonito e talentoso, caiu há dez anos nas graças do público – principalmente do feminino – e já conta com sete novelas no currículo. Agora, o rapaz nascido em Bom Jesus dos Perdões, interior de São Paulo, que já foi até jogador de vôlei, se prepara para um novo desafio, estrear nos cinemas. Ele viverá o altruísta Marcelo, no longa 'Real: O plano por trás da história', que vai tratar da inflação em 1993 e entra em cartaz nesta quinta (25), em todo o Brasil.
Em entrevista à Marie Claire, ele comemora o novo passo e ainda revela suas facetas do dia a dia. Fazer mercado, cozinhar e dar flores fazem parte da sua rotina, porém, a fama de príncipe ele dispensa. “Sou um homem completamente normal, real. Às vezes, acordo mal-humorado, como qualquer um, tenho inúmeras manias como a de arrumar as coisas na geladeira e armários com o rótulo virado para frente, fico de mau- humor quando estou com fome”, conta o gato que conquistou o coração de Camila Queiroz.
MC: Você estreia hoje nos cinemas e ainda se prepara para um novo trabalho na TV, a série ‘Somos Tão Jovens’. Se sente profissionalmente realizado?
KT: Eu me realizo com o meu trabalho todos os dias. Vou entrar no ar na televisão daqui a pouco com a série ‘Somos Tão Jovens’, vivendo o Ricardo, que começa como um estudante carinhoso e sonhador, apaixonado pela Angélica, personagem da Luisa Arraes, até se tornar um empresário de sucesso. No cinema, estou com três filmes. O primeiro deles, ‘Real, o plano por trás da História’, estreia agora no dia 25 de maio. Já rodei também o ‘Todo amor’, do Marcos Bernstein, e ‘Pixinguinha’, em que interpreto o Arnaldo Guinle. Além disso tenho minha produtora de teatro e estou produzindo a última versão do musical ‘Isaurinha Garcia – Samba, Jazz e Bossa Nova’, em que também vou estrear como assistente de direção. Então é uma fase em que estou realizando muitos projetos e me sinto muito feliz com todos eles! Estou atuando em várias frentes e para um profissional do campo das artes isso é incrível e muito prazeroso.
MC: Em quem se inspira na profissão?
KT: Eu já tive o prazer de contracenar com grandes nomes da dramaturgia brasileira, e dois que eu gosto sempre de mencionar são a Cássia Kiss Magro e o Marco Nanini. São dois queridos que me ensinaram muito dentro e fora de cena. Ary Fontoura, Paulo José, Paulo Goulart, que já se foi, também são grandes inspirações. E eu não poderia deixar de citar alguns diretores que foram muito importantes na minha carreira, Papinha, Pedro Vasconcelos, Jorge Fernando…
MC: Você já é um grande galã e as fãs te enxergam como um príncipe. Como é o Klebber no dia a dia?
KT: Acho que associam muito essa imagem de príncipe por eu ser educado e atencioso com as pessoas, o que na verdade foi uma coisa que eu aprendi em casa. É uma brincadeira que eu não me importo, acho até engraçado! (risos) Essa educação sempre foi natural pra mim, na minha família nós somos assim. Foi como eu cresci, no interior, com essa coisa de trazer as pessoas para perto, ser carinhoso. Não acho que eu seja um príncipe. Só respeito muito as pessoas. Mas eu sou um homem completamente normal, real. Às vezes, acordo mal-humorado. Como qualquer um, tenho inúmeras manias, fico de mal-humor quando estou com fome.
MC: Você e a Camila Queiroz são parecidos? O que te fez apaixonar?
KT: Somos parecidos em muita coisa, fomos criados de forma bem parecida, no interior. Nós dois somos muito empenhados em dar o nosso melhor na nossa profissão. Camila é uma mulher encantadora e muito dedicada, uma excelente profissional e um ser humano maravilhoso. Isso me chamou a atenção.
MC: Quando sai o casamento? Você é romântico?
KT: É engraçado ver como todo mundo quer casar a gente! (risos) Mas eu sou romântico sim, gosto de fazer bem a quem eu amo. Gosto de surpreender, dar presentes, flores…
MC: A beleza já te atrapalhou ou favoreceu na carreira?
KT: Eu acho que a beleza abre portas, mas não as mantém abertas. Esse ano eu completei 10 anos da minha carreira de ator na televisão e, durante esse tempo, tive a oportunidade de fazer personagens com histórias muito diferentes. Pude amadurecer o meu trabalho e viver experiências que me tornaram mais completo enquanto profissional. Foi um processo muito bacana e eu continuo aberto aos novos desafios. Que venham outros bons personagens!
MC: Muito se fala da crise dos 30 nas mulheres, mas os homens também têm. Você sentiu isso quando saiu da casa dos 20?
KT: Não… Acho que dos 30 aos 40 serão os melhores anos da minha vida, uma fase muito boa. Não mudei muito em personalidade, mas hoje eu agradeço mais por viver. Difícil um cara de vinte anos ter tanto gás para a vida quanto eu tenho aos 30. Tenho muito mais disposição hoje do que eu tinha quando era mais novo.
MC: Tem algo em você que não gosta?
KT: Sempre espero o melhor das pessoas e às vezes isso beira a ingenuidade. Não chega a ser algo que eu não gosto, mas preciso trabalhar melhor essa característica. E também sou muito intenso em tudo que eu quero fazer. Isso me faz gastar muita energia em coisas que nem sempre são tão importantes.
MC: Passou algum perrengue antes da fama?
KT: Eu já passei bastante perrengue, sim. Acho que a vida normal para maioria das pessoas não é fácil. Para o trabalhador, para quem não tem uma boa condição financeira e precisa começar do zero, é sempre uma grande luta. Eu já trabalhei com várias coisas para sustentar meu sonho profissional. Primeiro, a fase que vivi no esporte, como jogador de vôlei, e mais tarde a carreira de ator. Trabalhei como vendedor, garçom, modelo de publicidade… Mas não me arrependo de nada. Acho que todo trabalho é digno e tem o seu valor. Tudo isso construiu o meu caráter, me ajudou a ter mais respeito e dar mais valor a tudo.
MC: Você é vaidoso? O que faz para manter o corpo?
KT: Eu gosto de praticar esportes que tenham contato com a natureza, é uma paixão. Quando tenho tempo, me divido entre surfe, pedalada, corrida, skate, o próprio vôlei que joguei profissionalmente e, de vez em quando, volto a praticar por hobby. Na academia, treino para fortalecer meu corpo para praticar os esportes que gosto, não para ficar sarado. No campo da vaidade, moda, me considero muito básico! Tô sempre de calça, bota e uma camisa lisa preta, azul, branca ou cinza. Fico pronto rápido.
MC: Como enxerga o empoderamento feminino? Sempre foi educado com as mulheres? Quem te ensinou a ser assim?
KT: A minha educação veio do exemplo e da dedicação da minha mãe. Ela sempre me ensinou a cumprimentar, ver todo mundo como igual, independente de cor, credo, raça, sexo. Acho que as mulheres estão muito certas por lutarem pelos seus direitos, pelo espaço que elas merecem e na verdade sempre deveria ter existido naturalmente. Tive esse exemplo dentro de casa. A minha mãe é uma grande mulher, que foi à luta, cuidou dos filhos e mostrou que é capaz de conquistar tudo que deseja. Eu admiro e apoio essa luta feminina. Do que depender de mim, as mulheres vão ter toda a força e o respeito para que elas tenham o espaço delas, assim como cada um tem o direito de ter o seu.
MC: Quando não está no ar, o que gosta de fazer?
KT: Gosto de praticar esportes e de reunir os amigos em casa. Ah, e de pegar um cineminha.
MC: Conte pra Marie Claire uma coisa que o Klebber faz que ninguém sabe…
KT: Sou muito organizado, é quase uma mania. Gosto de ter todos os rótulos de produtos virados para frente dentro do armário, os quadros alinhados na parede, tudo empilhado de maneira alinhada também… (risos) E um outro segredo é que eu adoro fazer mercado e estou cada dia mais gostando de cozinhar!