A Justiça Estadual determinou a soltura da empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, acusada de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri. O jurista foi morto a tiros na porta do seu escritório em dezembro de 2023. Três pessoas estão presas suspeitas de envolvimento na execução já foram presas.
A decisão que colocou Maria Angélica em liberdade foi assinada pelo juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá. O magistrado negou o pedido da Polícia Civil, que solicitava a prorrogação da prisão da empresária.
No entanto, João Bosco impôs medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica, além de manter o endereço e contato telefônico atualizados; não mudar de residência sem autorização judicial; suspensão do passaporte e do certificado de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).
O crime
Roberto Zampieri, de 56 anos, foi assassinada na noite de 5 de dezembro, em frente ao seu escritório no bairro Bosque da Saúde, na capital. Ele estava em uma picape Fiat Toro quando foi alvejado por vários disparos de arma de fogo. O executor foi detido em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva, apontado como executor do crime, foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira, em apoio à investigação da Polícia Civil de Mato Grosso. A mandante, Maria Angélica Caixeta Gontijo, foi presa em Patos de Minas, no sudeste mineiro, portando uma pistola 9mm, do mesmo calibre utilizado no homicídio do advogado.
Em adição, no dia 22, o terceiro envolvido, identificado como Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro, foi preso. Ele é considerado o provável intermediário do crime, responsável por contratar o executor e fornecer a arma de fogo.
A investigação da polícia aponta que Antônio foi contratado para cometer o crime e recebeu a quantia de R$ 40 mil. O intermediário despachou uma pistola calibre 9mm, registrada em seu nome, no mesmo dia em que Zampieri foi assassinado.