Economia

Juros para pessoas físicas chegaram a 41,2% ao ano em fevereiro

 
De acordo com o BC, a alta na taxa média cobrada das famílias ocorreu por influência do aumento dos juros cobrados pelo uso do cheque especial e do crédito pessoal não consignado em folha de pagamento. A taxa do cheque especial subiu 2,6 pontos percentuais, para 156,6% ao ano, e do crédito pessoal, 3,4 pontos percentuais, para 94,6% ao ano.
 
As empresas pagaram taxa média de 23,1% ao ano ano, em fevereiro, com alta de 0,3 ponto percentual em relação a janeiro. As taxas subiram mesmo com a queda na inadimplência das famílias. A inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, caiu 0,1 ponto percentual, para 6,5%. No caso das empresas, houve alta de 0,1 ponto percentual para 3,3%.
 
Esses dados são do crédito com recursos livres, em que as instituições têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros. O BC também divulga informações sobre o crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura). Nesse segmento, houve redução das taxas de juros em 0,5 ponto percentual para 7,2% ao ano para pessoas físicas e em 0,1 ponto percentual para 7,9% ao ano para as empresas.
 
O saldo das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 2,733 trilhões, sendo que a maior parte (R$ 1,492 trilhão) é crédito livre. Esse saldo correspondeu a 55,8% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. É o mesmo percentual registrado em janeiro.
 
Agência Brasil

Redação

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