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Júri deve decidir hoje se goleiro Bruno mandou matar Eliza Samudio

Acusação e defesa tentarão convencer o júri da culpa ou inocência de Bruno durante os debates.

Bruno é acusado pelo Ministério Público de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere de Eliza e seu filho, Bruninho, e ocultação de cadáver. Já a ex-mulher do goleiro, Dayanne Souza, que também será julgada hoje, responde por cárcere privado e sequestro.

Ontem, o promotor Henry Castro Vasconcelos afirmou que espera uma pena exemplar ao goleiro e disse que quer pelo menos 30 anos de prisão ao réu.

Para isso, ele pretende convencer os jurados a manter os elementos qualificadores dos crimes. No caso do homicídio, foram apresentados três: motivo torpe, sem chance de defesa da vítima e meio cruel. Na acusação de sequestro, o promotor avalia que o agravante será acatado ou não ao fato de a vítima do sequestro, Bruninho, ser parente direto do réu.

Ontem, o Bruno respondeu as perguntas apenas da juíza, jurados e de sua própria defesa, recusando-se a se manifestar sobre qualquer questão levantada pela acusação e pelos advogados dos outros réus.

Hoje os debates entre acusação e defesa podem chegar até nove horas de duração. Essa será a última chance dos acusados se manifestarem perante os jurados.

O primeiro a falar ao jurados será a acusação. Promotor junto com o advogado que representa a família de Eliza, terão ao todo duas horas e meia para expor sua argumentação ao júri. Em seguida será a vez dos advogados de Bruno e Dayanne falarem. Encerrada a primeira etapa, o acusação poderá pedir ainda réplica e a defesa terá direito à tréplica –tendo cada etapa mais duas horas.

O advogado de Bruno, Lúcio Adolfo da Silva, disse que usaria três estratégias, sendo que a primeira seria convencer os jurados da inocência de seu cliente. O fato é que ontem, Bruno admitiu não só que soube do assassinato de Eliza no próprio dia do crime, mas como foi omisso e se beneficiou da morte da ex-modelo.

Dessa forma, a defesa do goleiro deve passar para as segunda e terceira estratégias, que é apontar Bruno como um participante menor do fato. Isso mais a eliminação dos agravantes e do crime de ocultação de cadáver, segundo a defesa, reduziria bastante a pena do goleiro.

Fonte: FOLHA.COM

Redação

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