O ex-juiz federal Julier Sebastião de Almeida (PDT) anunciou na manhã desta terça-feira (07) que vai sair pré-candidato nas eleições de 2018. Apesar de não informar o cargo, o pedetista prometeu “melhorar a vida da população” que nos últimos tempos enfrenta verdadeiro caos, principalmente na saúde pública, que parece não ter fim.
“É preciso uma reflexão ao longo desses dois meses que faltam para o fim do ano. Que nos encaremos como fundamentais no processo de renovação e de mudança no Estado. Isso é um compromisso não só meu como do meu partido o PDT, mas sem dúvida nenhuma, deve ser um compromisso de todos que tenham a preocupação de melhorar a vida do povo e é isso que nós temos que fazer”, disse em entrevista à rádio Vila Real.
Julier Sebastião foi candidato a Prefeitura Municipal de Cuiabá em 2016, quando disputou o maior cargo político com o então chefe do Palácio Alencastro, Emanuel Pinheiro (PMDB), e o tucano e deputado licenciado Wilson Santos (PSDB) – que atualmente é secretário de Cidades do governo Taques.
O pedetista afirmou que mesmo sem definição de cargos, a sigla partidária já se prepara para estar entre as três maiores forças em Mato Grosso e que não enxerga o cenário político como “incerto” por causa das “desmoralizações” que o estado viveu recentemente. O futuro candidato, acredita que o País passou por um “golpe de estado” com o impeachment da presidente Dilma Roussef (PT) e que este fato refletiu em todas as instituições.
“Isso não é um privilégio só de Mato Grosso. A nível nacional nós tivemos um desarranjo institucional partido de um golpe de estado parlamentar, implementado em 2016. Ou seja, quando você tem a violação da Constituição sem maiores cuidados, isso reflete em todas as instituições federais e aqui no estado também”, disse.
Em contrapartida, especialistas argumentam que o momento não está nada propício para fechar novas campanhas, em decorrência da delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) – que teria “enfraquecido as articulações para as alianças políticas” e que veio à tona – e contudo, a descoberta da “grampolândia pantaneira” – que resultou nas prisões de diversos secretário da gestão do ex-governador Pedro Taques (ex-pedetista/atualmente PSDB).
Questionado sobre as imagens de Emanuel Pinheiro enchendo os bolsos de paletó com suposta “propina”, o ex-juiz que atuou por “20 anos” defendeu que trata de uma “questão jurídica” e que por isto, o prefeito deve dar “explicações aos cuiabanos”.
“Nós temos duas questões: uma jurídica – em que os fatos reportados no vídeo estão sob investigação, submetida ao STF – e tem a questão política que é evidente que o prefeito deve dar uma explicação aos cuiabanos. Não vou julgar até porque fui juiz durante 20 anos e hoje sou advogado e trabalho no meu ofício e julgá-lo cabe ao judiciário”, ressaltou.
No entanto, terminou a frase dizendo que os parlamentares municipais tem responsabilidade nesse processo. “Do ponto de vista político, sem dúvida nenhuma que a Câmara de Cuiabá deveria tomar uma providência”, concluiu.