Mas logo em seguida, ela faz um pergunta mais espinhosa. O que os dois tem de diferente? “A ética”, responde Jonas, emocionado, para surpresa da jornalista. “Eu não sou que nem meu pai, não tenho o rigor dele. Minha ética é mais elástica quando eu quero alguma coisa, ainda mais naquela época. Eu era muito novo quando meu pai morreu.”
Ao dizer isso, parece que um filme se passa diante de seus olhos e Jonas relembra de sua adolescência, quando sonhava em montar seu primeiro computador. Ele só pensava em importar as peças, nem que fosse de forma clandestina. Fera na informática, o jovem Jonas Marra conseguiu até grampear uma linha telefônica e falar de graça para os States. Pedro Marra não gostou nadica de nada ao saber disso por Sílvio.
“Nada disso justifica agir contra a lei, Jonas. Eu sempre dei força pra esses teus projetos malucos de informática, mas dentro da lei. Que esquema é esse de ligar de graça pra fora?”, disse o policial.
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