Registrar para documentar e preservar. Este pode ser o mote do projeto ‘Documenta Pantanal’, uma iniciativa que prevê o desenvolvimento de ações multimídias que, mais do que celebrarem a beleza e biodiversidade desse ecossistema, pretendem chamar a atenção da sociedade para a urgência em conhecer e preservar este patrimônio. Com cerca de 40 imagens, a exposição “Brazil Land & Soul”, do fotógrafo João Farkas, chega à Casa do Brasil (localizada na sede da embaixada brasileira), em Bruxelas, onde ficará em cartaz entre 23 de maio e 14 de julho.
Fruto de quatro anos de trabalho e sete expedições ao Pantanal mato-grossense, a mostra é o cerne de um circuito de exposições no Brasil e no exterior. Em novembro de 2018, “Brazil Land & Soul” teve sua primeira mostra na embaixada brasileira
em Londres, registrando um público de mais de 2.000 pessoas. Em paralelo à mostra ocorreu um seminário sobre as questões do ecossistema, reunindo especialistas brasileiros e internacionais neste bioma na discussão de alternativas de desenvolvimento sustentável e preservação, com ênfase também nas possibilidades turísticas.
O material, cedido pelo fotógrafo para a Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar, reúne imagens com dimensões que variam de 100 x 70 cm a 150 x 100 cm e estarão dispostas horizontalmente sobre o solo segundo concepção da brasileira Marina Willer (sócia do Pentagram Studios de Londres). A intenção é proporcionar ao visitante a sensação visual de estar em sobrevoo sobre o território pantaneiro, replicando, dessa forma, a maneira como as imagens, muitas delas aéreas, foram produzidas. Esta mostra, que no Brasil integrará o projeto “Documenta Pantanal”, poderá ser vista pelo público no segundo semestre.
Onde: Casa do Brasil – Embaixada do Brasil na Bélgica
Endereço: Avenue Louise 350, Bruxelas
Vernissage: 23/5, às 18h
Período para visitas: 24/5 a 14/7; de segunda a sexta, das 10h às 17h; gratuito
Sobre João Farkas
João Paulo Farkas sempre esteve em contato com a fotografia. Graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, é fotógrafo profissional desde 1979, com especialização na School of Visual Arts e no International Center of Photography de Nova Iorque (1980-1981). Foi fotógrafo correspondente das revistas Veja e Isto É e também trabalhou como editor de Fotografia. Ganhou o prêmio ABERJE e Bolsa Vitae de Artes/Fotografia. Seus trabalhos fazem parte de importantes acervos e museus brasileiros e integram o acervo do ICP – International Center of Photography – Nova York, Maison Européenne de la Photographie, em Paris, e Tulane University (New Orleans), entre outros.