O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgou um parecer nesta quinta-feira (12) em que afirma serem insuficientes os indícios em processo contra o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
“No que toca ao senador da República Blairo Maggi, contudo, no decorrer das investigações pôde-se constatar que os elementos de prova colhidos formam um conjunto de indícios insuficiente para a instauração de ação penal”, diz o texto de Janot.
A declaração se deve ao bloqueio de bens do ex-governador de Mato Grosso pela Justiça em decorrência de investigação pela Operação Ararath em que Maggi é implicado na compra de vaga no pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).
Maggi e outros oito investigados tiveram R$ 4 milhões bloqueados em suas contas por determinação da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá. O valor seria referente à quantia repassada pelo então governador de Mato Grosso ao ex-conselheiro de Contas, Alencar Soares Filho, em 2010.
À época, ele se aposentaria do cargo para repassar a vaga ao ex-deputado estadual Sérgio Ricardo, que teria pagado R$ 2,5 milhões para assumir a cadeira. Conforme a Justiça, Blairo Maggi teria repassado o montante de R$ 4 milhões Alencar Soares Filho para devolver os R$ 2,5 milhões pagos por Sérgio Ricardo e os outros R$ 1,5 milhão para assegurar a cadeira no tribunal.