Na Itália, a sugestão de um professor de colocar piso no famoso Coliseu para a organização de eventos culturais tem provocado um sério debate, após o ministro da Cultura, Dario Franceschini, anunciar no domingo (2) em seu Twitter que aprova a ideia.
O monumento que possuía piso até a segunda metade do século 19, mas ele foi removido para facilitar buscas arqueológicas. O subsolo continua visível, e apenas uma pequena parte é coberta.
A ideia lançada agora é construir um piso móvel para facilitar a organização de eventos culturais, como concertos.
"É possível e útil. No fundo, o Coliseu surgiu para esta função. Não há grandes problemas a resolver, embora estudos devam ser aprofundados pois há assuntos complexos a serem resolvidos", declarou Adriano La Regina, ex-chefe do Departamento Arqueológico de Roma, citado pela imprensa.
"O Coliseu não é um monumento delicado como possa parece pois nasceu justamente como um estádio que poderia receber dezenas de milhares de pessoas", acrescentou.
Gastos
Mas para Salvatore Settis, ex-presidente do Conselho Superior de Bens Culturais italianos, a questão não é relevante.
"Estamos vivendo um momento dramático para o patrimônio cultural. Nesta situação, acredito que a restauração do piso do Coliseu não é uma prioridade razoável", disse, ao mencionar os severos cortes no orçamento do Ministério da Cultura.
A construção do Coliseu, ou Anfiteatro Flaviano, terminou no ano 80. Este que foi o maior anfiteatro sob o Império Romano (188 metros por 156, com uma altura de 48,50 metros) recebe cerca de 6 milhões de visitantes por ano.
G1