Dados do Instituto de Pesquisa da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) mostram que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá alcançou 105,6 pontos em agosto, o que representa alta de 0,6% em relação a julho. Foi a segunda elevação consecutiva do índice, sinalizando maior otimismo no cenário econômico local, conforme destacou o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior.
“O avanço pelo segundo mês consecutivo mostra a resiliência do consumo das famílias, ainda que o patamar atual esteja abaixo do registrado em 2024. Essa recuperação contribui para que os lojistas da região planejem ações e estoques, buscando atender melhor seus clientes”, afirmou o dirigente. Apesar do crescimento recente, o levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indica que o resultado ainda está 4,4% abaixo do observado em agosto do ano passado, quando somava 110,5 pontos.
Entre os componentes analisados, os destaques positivos foram o item Momento para Duráveis, que subiu 5,4%, e a Perspectiva Profissional, com crescimento de 2,1%. Também tiveram alta o Emprego Atual e a Perspectiva de Consumo (+1,1% cada). Já os indicadores de Nível de Consumo Atual (-4,6%), Renda Atual (-0,8%) e Compra a Prazo (-0,2%) registraram retração.
Para Wenceslau Júnior, a melhora na confiança em relação a bens duráveis e ao mercado de trabalho indica expectativas positivas no médio prazo. “O maior otimismo em relação a bens duráveis e às perspectivas de emprego sugere confiança renovada no médio prazo. No entanto, a queda no consumo atual e a dificuldade de acesso ao crédito ainda representam restrições que podem limitar a intensidade dessa retomada”, avaliou.
A pesquisa também mostrou que 54,5% dos entrevistados se sentem mais seguros em relação ao emprego e 52,2% acreditam em melhora profissional nos próximos seis meses. Já no quesito renda, 56,8% afirmaram que a situação familiar está melhor que em 2024. Por outro lado, 43,5% relataram maior dificuldade de acesso ao crédito neste ano, enquanto apenas 29,6% disseram estar mais fácil. Para o presidente da Fecomércio-MT, o índice acima de 100 pontos reforça a tendência de recuperação gradual da intenção de consumo na capital.
