A apuração do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) indica que, dos oito grupos pesquisados, cinco apresentaram acréscimos.
Habitação é o grupo com maior contribuição para a inflação mais intensa, embora a taxa tenha permanecido negativa (-0,58%). É que, na pesquisa anterior, o recuo tinha sido mais expressivo (-1,28%). Nesse grupo, houve o impacto da tarifa de energia elétrica residencial (de -13,91% para -9,95%).
Em alimentação, o índice subiu de 1,33% para 1,39%, com destaque para a elevação de preços das aves e dos ovos (de 2,62% para 3,52%). No grupo educação, leitura e recreação, a taxa passou de 0,31% para 0,48%, sob o reflexo de uma queda menos intensa da tarifa aérea (de -9,82% para -1,51%).
Em vestuário (de -0,32% para -0,06%), os preços dos calçados indicam que os lojistas estão encerrando o período de liquidação, com quedas menores de preços (de -0,51% para -0,28%). No grupo comunicação (de 0,33% para 0,50%), a alta foi puxada pela tarifa de telefone residencial (de 0,92% para 1,25%).
Nos demais grupos ocorreram decréscimos. Em transportes, o índice diminuiu de 1,22% para 1,02%, com o impacto do preço da gasolina, que subiu de forma menos intensa (de 5,02% para 3,89%). Em despesas diversas, a inflação ficou em 0,39%, ante 0,85%, com a perda do ritmo de correções dos preços dos cigarros (de 1,02% para 0,20%). Em saúde e cuidados pessoais (de 0,60% para 0,58%), há o efeito dos artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,08% para 0,89%).
Os cinco itens que mais provocaram impacto na inflação no período são: gasolina (de 5,02% para 3,89%), refeições em bares e restaurantes (de 1,44% para 1,25%), tomate (de 13,40% para 9,97%), empregada doméstica mensalista (de 1,68% para 1,56%) e taxa de água e esgoto residencial (de 1,90% para 1,79%).
Fonte: Agência Brasil