A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), por meio da Câmara Setorial de Energia da entidade, o Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (Sindenergia MT) e a Energisa debateram sobre os novos investimentos para atender à crescente demanda de energia elétrica das indústrias do estado.
O encontro integra a pauta da Fiemt na busca de soluções para o setor. Na reunião desta quinta-feira (12), e representantes discutiram a estabilidade e a qualidade do fornecimento de energia, quesitos fundamentais para o desenvolvimento industrial mato-grossense.
O diretor-presidente da Energisa, Marcelo Vinhaes, destacou que a empresa trouxe neste ano, um investimento recorde de R$ 1,3 bilhão para o estado. Além disso, anunciou que um novo plano robusto está em fase de conclusão, com ênfase na preparação do campo para a industrialização. Os investimentos serão apresentados ainda no primeiro bimestre de 2025.
Segundo Vinhaes, a Energisa está implementando um novo modelo de gestão e planejamento para atender às particularidades de Mato Grosso, um estado de extensão territorial vasta e baixa densidade demográfica, que naturalmente enfrenta desafios tarifários e estruturais.
“Estamos reformulando a maneira de planejar os investimentos em Mato Grosso, buscando conhecer as especificidades regionais e as cidades que mais crescem. Nosso objetivo é construir um planejamento que atenda às reais necessidades do estado, sempre em parceria com os setores público e privado”, afirmou Vinhaes.
Entre os principais desafios está a ampliação do trifaseamento das redes elétricas sem causar aumento nas tarifas, buscando suporte dos governos estadual e federal. Atualmente, cerca de 72% das redes elétricas no estado são monofásicas.
“Na época que essas redes foram construídas com incentivo federal, era outro momento. Agora precisamos de redes trifásicas, para secadoras e armazéns, por exemplo. Sabemos que esse investimento em um estado enorme como Mato Grosso, requer apoio de todos. Hoje, Mato Grosso tem grande potencial de geração de energia e outros recursos naturais, tem espaço para crescer e a economia é forte. O nosso parque industrial é um dos que mais cresce e gera empregos no país. Então, é importante ter um plano estruturado para suportar essa evolução do setor”, ponderou Silvio Rangel, presidente da Fiemt.
Mapeamento de prioridades
Durante o encontro, foi decidida a realização de uma pesquisa regionalizada, conduzida em conjunto pela Fiemt, Sindenergia MT e Energisa, com suporte técnico do Observatório da Indústria do Sistema Fiemt. O objetivo da pesquisa é identificar as principais demandas dos industriais em relação ao fornecimento de energia elétrica no estado e utilizar esses dados como base para o planejamento estratégico de investimentos.
“Somente no Distrito Industrial de Cuiabá temos mais de 200 indústrias. É muito importante ouvir os empresários para entender as suas demandas, criando sempre soluções integradas que deem segurança para o investimento”, mencionou Adilson Ruiz, presidente da Câmara Técnica de Energia da Fiemt.
O presidente Silvio Rangel reforçou a importância de a Energisa, comunicar os investimentos que serão realizados. “Precisamos demonstrar as ações concretas que vão ser realizadas e os resultados que podem ser esperados a curto e médio prazo”, afirmou.
Fonte: Assessoria