O setor da indústria em Mato Grosso encerrou o primeiro semestre com crescimento de 11,9%, o melhor resultado no período no país. Dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O Pará, que teve o segundo maior crescimento do setor de janeiro a junho, com média de 10,3%, também voltou ao primeiro lugar em produção na parcial de junho com expansão de 14,7%, tirando a posição de Mato Grosso, que aumentou seu volume em 12,2% na comparação com junho do ano passado.
Mato Grosso alcançou, com o resultado de junho, 13ª taxa positiva consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior. Três das seis atividades analisadas pelo IBGE tiveram expansão em junho. A principal contribuição positiva sobre a média global da indústria foi verificada no setor de produtos alimentícios (23,9%), impulsionado, especialmente, pela maior fabricação de rações e outras preparações utilizadas na alimentação de animais, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, carnes e miudezas de aves congeladas e óleo de soja em bruto.
Os demais impactos positivos foram assinalados pelos ramos de outros produtos químicos (14,2%) e de bebidas (3,7%), explicados, especialmente pela maior fabricação de adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), no primeiro; e de cervejas e chope, no último. Por outro lado, a influência negativa mais importante sobre o total da indústria veio da atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-19,2%), pressionada, principalmente, pela menor fabricação de álcool etílico.
Já no acumulado do ano (janeiro-junho), o crescimento de 11,9% ante ao período de 2015 também ocorreu pelo crescimento de metade os setores pesquisados. A média global mais alta foi verificada no ramo de alimentos (15,3%), que foi impulsionado, especialmente, pela maior fabricação de carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, rações e outras preparações utilizadas na alimentação de animais, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja em bruto.
Outros impactos positivos relevantes vieram de outros produtos químicos (34,7%) e de bebidas (5,0%), explicados, especialmente pela maior fabricação de adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e com fósforo e potássio (PK); e de cervejas e chope, respectivamente.
Por outro lado, as 43 influências negativas mais importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de produtos de minerais não-metálicos (-11,9%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,8%), pressionadas, principalmente, pela menor fabricação de cimentos “Portland” e massa de concreto para construção, na primeira; e de álcool etílico, na segunda.