Economia

Indicadores de mercado de trabalho iniciam 2020 com melhora

Os dois indicadores do mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) registraram melhora em janeiro deste ano, em relação ao mês anterior. O Indicador Antecedente de Emprego, por exemplo, subiu 2,4 pontos e atingiu 92,3 pontos em uma escala de zero a 200 pontos, o melhor nível desde abril de 2019 (92,5 pontos).

“O IAEmp volta a apresentar resultado positivo, seguindo a tendência dos últimos meses de 2019. Os avanços recentes sugerem que as perspectivas estão se tornando mais favoráveis para o mercado de trabalho nos próximos meses, ainda que de forma gradual”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 2,8 pontos em janeiro ante dezembro, para 92,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador diminuiu 0,2 ponto.

“A nova queda do ICD sugere continuidade da redução gradual da taxa de desemprego nos próximos meses. A dificuldade de se afastar do patamar ainda relativamente elevado mostra que a recuperação ainda tem um longo caminho pela frente”, completou Rodolpho Tobler.

O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.

No IAEmp, cinco dos sete componentes contribuíram para o avanço de janeiro, com destaque para os indicadores da Indústria sobre a Tendência dos Negócios (+8,6 pontos) e o Emprego Previsto (+6,3 pontos).

No ICD, a queda foi influenciada por três das quatro classes de renda familiar, com exceção das famílias mais ricas, que recebem acima de R$ 9.600,00 mensais.

Redação

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