Apesar da alta, ela foi bem menor do que a registrada ao longo de 2012, quando a inadimplência subiu 12,18% na comparação com 2011. De acordo com o SPC, houve forte ascensão da inadimplência até o final do primeiro trimestre de 2013. A partir de abril, porém, a tendência se inverteu devido ao aumento da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central, que encareceu o crédito no país e desestimulou o consumo.
Além disso, complementa o SPC, bancos e lojistas passaram a exigir ao longo do ano passado mais garantias dos tomadores de crédito, o que levou a uma redução no risco de calote.
Em dezembro de 2013, houve recuo de 4,44% na inadimplência, na comparação com o mesmo mês de 2012. Foi a quarta queda mensal consecutiva no ano passado e a mais acentuada desde o início da nova série histórica, com início em janeiro de 2012.
Segundo a CNDL, a queda da inadimplência é típica desse período de fim de ano e está ligada à injeção extra de recursos devido ao pagamento do 13º salário, além da criação de vagas temporárias de trabalho. Assim, muitas famílias usam o dinheiro para pagar dívidas.
Previsão para 2014
Em nota, o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, informou que, para 2014, a projeção dos lojistas é que a taxa de inadimplência cresça em um patamar semelhante ao do ano passado, “mas com viés de alta”. Segundo ele, essa previsão se deve à perspectiva de desaceleração na criação de vagas de trabalho.
Vendas a prazo
Ainda de acordo com a entidade, o número de consultas ao banco de dados do SPC para vendas a prazo durante dezembro cresceu 2,90% em relação ao mesmo mês de 2012. O resultado, considerado baixo pelo CNDL, está relacionado à alta “modesta” das vendas de Natal, impactada pelo aumento dos juros e pela inflação, que tira poder de compra dos trabalhadores.
Em todo o ano de 2013, o crescimento médio das vendas a prazo foi de 4,12%, menor do que os 7,16% verificados ao longo de 2012.
Para 2014, a projeção da CNDL é que as vendas a prazo cresçam menos que no ano passado. Essa previsão, informou a entidade, se baseia na avaliação de que o modelo de incentivo ao consumo adotado pelo governo está perdendo efeito no país.
G1