Para o gerente executivo do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais, Comerciais e Condomínios de Cuiabá e Várzea Grande (Secovi-MT), Ubirajara Souto, o síndico precisa estar preparado para entender o desafio e a complexidade da administração de um condomínio, ao mesmo tempo que lida com os eventuais problemas que surgem, como a inadimplência e os conflitos de relacionamento entre os moradores.
“Muitas vezes o síndico quer fazer tudo sozinho, ao invés de ter um profissional ou uma empresa qualificada para fazer um serviço”, ressalta ele.
De acordo com Ubirajara, Cuiabá e Várzea Grande têm juntas 718 condomínios, entre residenciais e comerciais e, até 2016, há previsão para as ambas terem em torno de mil conjuntos. As projeções têm respaldo na participação do crédito imobiliário no PIB brasileiro. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) apontam que, em quatro anos, mais de R$ 600 bilhões serão investidos nesses financiamentos, correspondendo a quase 10% do Produto Interno Bruto.
O gerente executivo da Secovi lamenta, no entanto, a baixa adesão dos moradores nas assembleias e reuniões condominiais. Em muitas delas, segundo ele, os participantes acabam deixando de lado questões coletivas para se concentrar em disputas pessoais, fazendo com que, algumas vezes, o síndico sinta-se desmotivado a assumir essa tarefa, uma vez que disputas jurídicas relativas ao condomínio também são de sua responsabilidade.
“Além de tratar de problemas pessoais, que não são de sua alçada, o síndico responde juridicamente pelo condomínio, como em relação a recolhimento do INSS dos funcionários”, afirma ele.
Leia mais sobre Administradora que ajuda em conciliação e sobre o Síndico ser como um prefeito…