Nesta quinta-feira (13), o Impostômetro da Fecomércio-MT atingiu a marca de R$ 50 bilhões em tributos arrecadados no estado, somando impostos municipais, estaduais e federais. O valor representa um crescimento de 9,68% em relação ao mesmo período de 2024, quando o total registrado era de R$ 45 bilhões. O patamar, que no ano passado só foi alcançado em 12 de dezembro, foi atingido com um mês de antecedência, refletindo a intensificação da atividade econômica em Mato Grosso.
De acordo com o presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, o adiantamento no volume arrecadado demonstra não apenas o impacto dos reajustes de preços, mas também o crescimento real da economia estadual. “Segundo analistas, o feito revela que o crescimento econômico de Mato Grosso está superando a inflação, o que reforça o dinamismo local”, destacou.
Cuiabá lidera a participação no montante arrecadado, com R$ 1 bilhão recolhido até o momento. Outros municípios de forte contribuição tributária incluem Rondonópolis (R$ 279 milhões), Sinop (R$ 209 milhões), Várzea Grande (R$ 148 milhões) e Sorriso (R$ 114 milhões). Conforme análise do Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MT (IPF-MT), esses valores refletem o desempenho robusto de setores como agronegócio, comércio e serviços.
No cenário nacional, o volume de tributos pagos pelos brasileiros já ultrapassa R$ 3 trilhões em 2025. Entre os principais impostos estaduais, o ICMS soma cerca de R$ 691 bilhões, enquanto o IPVA acumula R$ 65 bilhões. No âmbito federal, os destaques são o Cofins (R$ 342 bilhões), o IOF (aproximadamente R$ 51 bilhões) e o Imposto de Renda, que já arrecadou R$ 582 bilhões. Entre os tributos municipais, o IPTU totalizou R$ 66 bilhões.
Apesar do aumento expressivo na arrecadação, Wenceslau Júnior alerta para os efeitos do modelo tributário vigente. Segundo ele, a carga concentrada no consumo penaliza empresários, devido à cumulatividade dos impostos, e consumidores, pelo repasse aos preços finais. O avanço da arrecadação em Mato Grosso, embora positivo para o fisco, reforça a necessidade de discutir eficiência, transparência e os impactos do sistema tributário na vida econômica do estado.

