Com uma receita de R$ 110 bilhões nos últimos 12 meses, a JBS superou a Vale e se tornou a maior empresa do Brasil depois da Petrobras, segundo reportagem do grupo de mídia Bloomberg. Toda essa abundância nos negócios criou um verdadeiro time de bilionários: cinco dos seis filhos de José Batista Sobrinho, o "JBS", fundador da companhia, são bilionários.
A reportagem narra a história de ousadia do fundador da empresa que começou a crescer geometricamente após comprar empresas do ramo frigorífico do mundo todo, a começar pelos Estados Unidos, local onde os empresários do setor olharam com ceticismo para os “barões do matadouro”, como os chama a Bloomberg
Em 2008, a empresa se destacou no mercado internacional ao fazer uma oferta de compra à National Beef Packing Co e Smithfield Beef Group Inc. A compra foi vista com temor pelos norte-americanos que temiam uma concentração do mercado.
Desde então, a companhia genuinamente brasileira gastou mais de US$ 17 bilhões em aquisições de empresas em vários cantos do mundo. Hoje, a JBS opera em cinco continentes e em 21 estados brasileiros.
Em tempos de derrocada na Bovespa, as ações da JBS subiram 48% nos últimos seis meses, impulsionado pela alta dos preços de carne bovina e uma proibição de processamento de carne do Brasil na Rússia.
Os cinco irmãos Batista – Joesley, Wesley, Valere, Vanessa e Vivianne Batista – são acionistas no negócio bilionário da holding que controla JBS e investimentos no setores bancário, de celulose, gado, produtos de limpeza e de construção. O sexto filho, José Batista Junior, conhecido simplesmente como Junior, vendeu a sua posição no negócio para concorrer ao cargo de governador do estado de Goiás nas eleições deste ano. Junior não foi eleito.
A JBS Foods é a mais nova unidade de negócios do grupo, criada após a compra da Seara, em junho do ano passado, e tem marcas como Fiesta, Doriana, Rezende, LeBon e Frangosul, além da própria Seara.
Segundo o balanço financeiro divulgado em novembro, a JBS encerrou o terceiro trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, valor 397% acima do registrado no mesmo período de 2013.
O pai dos bilionários, o JBS, começou o império familiar na década de 1950, quando o então presidente Juscelino Kubitschek criou o plano para a construção de Brasília, a nova capital do País. Batista era o fornecedor das cinco cabeças de gado utilizada na alimentação dos trabalhadores da construção civil da nova capital.
Fonte: iG