Imagens obtidas pelo Gazeta Digital mostram o momento exato em que o agente da Polícia Federal flagra o conselheiro afastado Waldir Teis, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), rasgando vários cheques e o colocando em uma lixeira. A tentiva foi a causa da prisão preventiva de Teis na última quarta-feira (1) por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No vídeo de 2 minutos e 6 segundos, aparece o conselheiro saindo do escritório e descendo os 16 andares do prédio onde está localizado o seu escritório.
Quando ele chega no elevador da garagem, começa tirar os cheques do bolso para amassar e jogar no lixo. Porém, um agente da PF o acompanhou e viu toda a ação.
Waldir Teis foi preso e denunciado pelo MPF por obstrução de justiça, além de pedir a devolução de R$ 3 milhões. Ele é acusado de participar de um esquema de que desviou R$ 137 milhões entre os anos de 2012 e 2015 nos Tribunal de Contas do Estado.
Comemoração
Logo após a prisão e de analisar as imagens em que um dos agentes da PF flagraram Waldir Teis tentando jogar fora os cheques, o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF, Carlos Henrique Cotta Dangelo, elogiou e agradeceu a equipe que atuaram na operação. "A prisão de um conselheiro afastado do TCE/MT na data de hoje é fruto de um complexo e extenuante trabalho da equipe da Delecor. A esses valorosos colegas as nossas congratulações", diz trecho do comunicado repassado aos agentes da PF.
"Mas registramos também o profissionalismo e a sagacidade do agente que, confirmando ser a diligência de busca e apreensão, uma ação complexa e técnica a exigir preparo e atenção de todos os policiais que dela participam, não só evitou a destruição de provas importantes como escancarou a má- fé do investigado. Eis o fundamento da prisão do conselheiro. Parabéns a todos", concluiu o comunicado.
Defesa
Defesa do conselheiro, os advogados Diógenes Curado e Emanuel Bezerra recorreram da decisão, solicitando o relaxamento da prisão tanto no STJ, quanto no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo eles, Waldir Teis não nega os fatos e já tinha se explicado sobre o fato de ter jogado os cheques fora, "que foi em todos os sentidos lamentável e injustificável".
"Os cheques nada tinham de errado. Eram de familiar e perfeitamente legal. Não existia uma prova criminal ali. A questão é que o conselheiro Waldir tentava evitar que familiares, que já sofriam muito, entrassem no problema dele", afirmou ao dizer que tal explicação foi omitida na decisão do ministro.
Prisão
O ex-conselheiro Waldir Teis está preso na sala do Estado Maior, no Centro de Custódia da Capital, onde também ]fica os presos com formação superior. Veja as imagens.