Cidades

Homicídios caem 18,38% em junho no Estado de São Paulo

Os casos de homicídios caíram 18,38% no estado de São Paulo em junho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 262 casos contra 321 no mesmo período em 2014.

Na capital, a redução foi de 21,51%, de 93 casos para 73 em junho deste ano.

Os números foram divulgados nesta sexta-feira (24) pelo governador Geraldo Alckmin em evento no 52 DP, no Parque São Jorge, Zona Leste de São Paulo, unidade que não registrou homicídios e latrocínios em junho deste ano.

O governador compareceu ao local juntamente com o secretário Alexandre de Moraes e deputados que atuam na área da segurança.

Alckmin destacou outros dados, entre eles o fato de São Paulo ter alcançado o menor índice de assassinatos por 100 mil habitantes no primeiro semestre. A taxa ficou em 9,38%, menos que os 10,06% do final do ano passado – a Organização Mundial da Saúde considera epidêmico o índice ainda de 10.

O governador destacou o trabalho integrado das polícias como um dos motivos para a redução.
O secretário da segurança também defendeu os trabalhos das polícias. "É um trabalho de muito investimento, de grande mobilidade no policiamento ostensivo e preventivo e uma integração muito grande entre as polícias civil e militar que permitiu a redução desses índices", disse Moraes.

O balanço completo dos dados da Segurança Pública, com casos de latrocínios – roubo seguido de morte, estupros e roubos a carros e bancos, entre outros, será divulgado apenas na segunda-feira (27).

Roubo de carga
São Paulo teve queda significativa no número de casos de roubo de carga em junho deste ano em comparação com o mesmo mês do ano passado. Apesar disso, o estado e a capital fecharam este semestre com leve aumento desse tipo de crime, comparado com período idêntico de 2014.

O G1 teve acesso aos dados desse índice criminal que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) irá divulgar oficialmente no seu site nos próximos dias. Os números mostram que a tendência de queda dos roubos de carga no mês passado foi mais relevante do que o crescimento no semestre que passou.

Junho
Estado, Grande São Paulo e capital registraram quedas de roubos de cargas no mês passado num comparativo com igual período de 2014. O estado teve 584 casos desse crime ante 658 no mesmo mês do ano passado. Isso representa um recuo de 11,2%.

Em junho deste ano, a Grande São Paulo registrou 135 roubos de carga diante de 175 em 2014 (queda de 22,8%). Já a capital teve 323 contra 361 (menos 10,5%).

Semestre
Apesar disso, o estado e a capital terminaram os seis primeiros meses com aumento de roubos de carga em comparação com o mesmo período de 2014. Foram 4.422 casos neste ano no Estado, ante 4.300 no ano passado (crescimento de 2,8%). A capital registrou recentemente 2.659 roubos diante de 2.471 (subiu 7,6%). O mês de março deste ano contribuiu para o aumento, tendo picos de casos .

No semestre, houve recuo somente na amostragem feita com a Grande São Paulo, onde ocorreram 991 casos de roubos de carga diante de 1.060 em 2014 (diminuiu 6,5%).

Secretário
Alexandre comemorou a redução de roubos de cargas em junho (veja vídeo acima). Ele atribuiu o recuo no mês passado a cerca de 200 prisões feitas pela polícia de suspeitos de praticar esse tipo de crime, incluindo integrantes de quadrilhas especializadas.

“Nós alteramos a forma de policiamento. Viaturas se movendo mais, mais motocicletas fazendo policiamento e o policiamento integrado: Polícia Militar [PM] / Polícia Civil", disse Mores para justificar a prisão de seis grandes quadrilhas de roubos de carga que atuavam no Estado.

Sobre o aumento de casos de roubo de cargas no primeiro semestre, Moraes disse que será necessário manter o mesmo policiamento para reduzir esse tipo de crime daqui para frente. "Ainda no semestre, ainda no estado, há uma leve elevação de 2,84 [%]. Nós precisamos continuar essa tendência pra já, tudo dando certo, no mês que vem já equilibrarmos isso".

Prisões
As prisões dos assaltantes e ladrões de cargas foram feitas a partir de investigações com trabalho de inteligência da Delegacia de Repressão a Desmanches Ilegais (Divecar) do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic). "A prisão de cada quadrilha, eu diria a você, que diminui em muito o roubo a carga", afirmou Moraes. "Prendendo a quadrilha, você prende o receptador e diminui o fluxo da criminalidade."

No mês passado, o secretário completou mais de seis meses à frente da pasta da Segurança. Ele assumiu o cargo em janeiro, no lugar de Fernando Grella. No discurso de posse, havia dito que uma das metas da SSP seria o combate aos roubos para diminuir esse tipo de crime. 

Moraes aposta essa tendência ao trabalho conjunto entre a Polícia Civil e sindicatos de transportes, com a continuidade da troca de informações sigilosas, que permitam a investigação mapear as áreas de atuação das quadrilhas. As prisões das quadrilhas, por exemplo, foram feitas a partir das rotas, dias e horários traçados dos ataques aos veículos de cargas.

Interior e litoral
No estado, Campinas, São José do Rio Preto, Bauru e Baixada Santista foram as regiões com maior incidência de roubos de carga, segundo Moraes. “Campinas: lá nós temos os grandes depósitos, principalmente em virtude do Aeroporto de Viracopos”, disse o secretário.

A região de Campinas ainda é visada por ser cortada pelas rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Santos Dumont e Dom Pedro I, rotas de veículos de transporte de cargas.

Em maio, cerca de 15 homens armados usaram dois caminhões e duas carretas para roubar eletroeletrônicos, como tablets e celulares, do centro de distribuição do Magazine Luiza, em Louveira. “Com a prisão dos integrantes da quadrilha, foram recuperados R$ 25 milhões em produtos”, disse Moraes.

De acordo com o secretário, além das quadrilhas, assaltantes praticavam roubos de cargas fracionadas de carnes nas regiões de São José do Rio Preto e Bauru. “Na Baixada Santista, em virtude do Porto [de Santos], nós temos outro tipo de quadrilha especializada”, afirmou.

Quarta-feira e quinta-feira são os dias com maior número de casos de roubos de carga, segundo Moraes. “São informações que nós mapeamos”, explicou o secretário.

Os períodos da manhã, das 6h às 9h, e os do final da tarde e noite, entre 18h e 21h, foram os horários com maior incidência de roubos.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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