O Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá-MT condenou, nesta quarta-feira (30), Adilson Pinto da Fonseca a 17 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver contra Talissa de Oliveira Ormond, 22 anos. A vítima era ex-namorada do réu.
Segundo o Ministério Público, o crime ocorreu em 2013. Depois de assassinar a jovem, o homem enterrou o corpo da mesma nos fundos da sua residência, no bairro Nova Conquista, na Capital. O cadáver só foi encontrado pela Polícia Civil em 2019.
Na ocasião, durante as buscas pelos restos mortais de Talissa, Adilson acabou confessando que, no local, havia uma segunda ossada enterrada. A nova vítima se tratava de Benildes Batista de Almeida, 39 anos, que também tinha tido um relacionamento amoroso com o criminoso.
O cadáver de Benildes foi encontrado logo depois. Ela estava desaparecida desde dezembro de 2013. Adilson relatou que espancou a mulher até a morte depois de uma discussão.
De acordo com o promotor de Justiça Samuel Frungilo, o réu ainda será submetido a outro julgamento na sexta-feira (2) relacionado à outra vítima.
“A condenação de hoje refere-se apenas à primeira vítima [Talissa]. Ambas mantiveram relacionamento com o réu e foram mortas nos anos de 2013 e 2014”, informou.
O promotor de Justiça explicou que os jurados reconheceram as qualificadoras motivo torpe e utilização de recursos que dificultou a defesa da vítima.
Ele esclareceu que na época em que os crimes foram cometidos ainda não existia a qualificadora de feminicídio, acrescentada no Código Penal em 2015.
O réu encontra-se preso e não poderá recorrer da sentença em liberdade.