Economia

Guedes avalia nomes para o Ministério após debandada; veja quem é cotado

O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve optar por soluções internas para substituir os secretários que deixaram o governo nesta terça-feira, na “debandada” da equipe econômica.

A saída de Salim Mattar deve levar a uma reestruturação na secretaria na qual era titular, a de Desestatização. Essa secretaria deve ser integrada ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), transferido ao Ministério da Economia no início do ano. A atual chefe do PPI, Martha Seillier, pode assumir esse posto.

Servidora de carreira e especialista em políticas públicas, Martha foi presidente da Infraero antes de assumir o PPI. A avaliação interna é que o PPI, responsável pela estruturação das concessões e privatizações de todo o governo, ainda não se integrou bem ao ministério. Por isso, a nomeação de Martha pode ajudar nesse processo.

O PPI foi para a Economia depois que o ex-secretário-executivo da Casa Civil Vincente Santini ser retirado do cargo por decisão do presidente Jair Bolsonaro. O presidente não gostou de ele ter usado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Índia.

Na secretaria de Desburocratização, deixada por Paulo Uebel, um nome cotado é o de Gleisson Rubin, atual secretário especial adjunto do órgão.

Rubin é servidor, especialista em políticas públicas e gestão governamental e foi secretário-executivo do extinto Ministério do Planejamento. No governo Michel Temer, foi um dos responsáveis pela formulação da proposta de reforma administrativa e, por isso, foi mantido no governo Jair Bolsonaro. Foi o atraso na reforma administrativa que levou à saída de Uebel.

A escolha desse nomes seria forma de assegurar a continuidade dos trabalhos de privatização e a reforma administrativa, disse um interlocutor do ministro Guedes.

A decisão sobre o futuro das secretarias ainda está em aberto e segue em discussão por Guedes. Se confirmada, a solução seria parecida com a promoção de Bruno Bianco para secretário especial de Previdência e Trabalho, cargo que assumiu após Rogério Marinho ir para o Ministério do Desenvolvimento Regional. Bianco era adjunto de Marinho na Economia.

Guedes não vai sair do governo
As baixas mais recentes na equipe econômica abalaram Paulo Guedes, mas não a ponto de fazer com que ele deixe o governo, segundo fontes próximas ao ministro. Ciente do peso da política no comando da agenda, agora o foco de Guedes é avançar na reforma tributária e segurar as pressões por flexibilizações no teto de gastos.

O próprio ministro definiu as demissões de Salim Mattar e Paulo Uebel como uma “debandada” e admitiu que ambos estavam insatisfeitos com o andamento de suas áreas. Eles cuidavam das privatizações e da reforma administrativa, respectivamente.

Guedes tem buscado aliados para barrar esse movimento, sendo o principal deles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem passou semanas brigado por conta do plano de socorro a estados.

Redação

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