Estima-se que mais de 470 mil alunos estejam sem aulas em todo o Estado, sendo 30 mil somente na Capital. “As crianças estão sem aula, mas a culpa não é nossa, é da truculência do prefeito Mauro Mendes que se recusa a negociar”, alegou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, subsede Cuiabá, (Sintep- Cuiabá), João Custódio.
Na manhã de hoje, o sindicalista participou da sessão da Câmara de Vereadores de Cuiabá, onde expos os motivos da greve. “Oficializamos nossa reivindicação ao secretário de educação, Gilberto Figueiredo, tivemos várias reuniões com o secretário e o prefeito, que não sinalizou nenhum reajuste além do índice inflacionário”, alegou.
A categoria cobra o reajuste salarial de 10,9% para os profissionais. A diretora do Sintep-Cuiabá, Helena Bortollo, explica que a administração municipal apresentou aos profissionais a contraproposta de 6,97%, que segundo a diretora não atende as necessidades da categoria.
“Tentamos a negociação e não foi possível. Estamos sendo empurrados para uma greve que já tem mais de 70% de adesão das unidades municipais, entre escolas e creches”, pontuou o presidente João Custódio.
Atualmente o piso salarial do professor com nível médio e carga horária de 20 horas semanais é de R$ 1.134. No caso de professores com nível superior o piso salarial é de R$ 1.614 ciom a mesma carga horária. Cuiabá possui cerca de 7.500 profissionais da educação e a paralisação afeta as aulas em 100 unidades escolares, sendo 46 creches.
Estado – As escolas estaduais de Mato Grosso também estão em greve desde o último dia 12. A categoria chegou a se reunir com o secretário de Estado de Educação, no último dia 16, mas não houve avanços nas negociações.
Aproximadamente 35 mil professores aderiram ao movimento grevistas. São 739 escolas em greve com aproximadamente 440 mil alunos fora das salas de aula.
