Cartazes com aviso da greve dos bancários cobrem a fachada de uma agência do banco Itaú na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, no Brooklin, Zona Sul de São Paulo (Foto: Fábio Tito/G1)
A greve dos bancários entrou no terceiro dia. A paralisação, que começou na terça-feira (6) é por tempo indeterminado. No primeiro dia, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ficaram fechadas 7.359 agências, centros administrativos, Central de Atendimento (CABB) e Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) tiveram as atividades paralisadas.
De acordo com o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias instaladas no país, segundo dados de julho.
A Fenabran não divulgou balanço de agências fechadas neste 1º dia de greve, ressaltando apenas que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras.
Segundo a Contraf, uma nova rodada de negociações com os bancos foi marcada para sexta-feira, a partir das 11h, em São Paulo.
Veja como pagar contas durante a greve dos bancários.
Até a última atualização desta reportagem, pelo menos 25 estados e o Distrito Federal tinham agências fechadas.
Reivindicações
A categoria rejeitou a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.
Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
Segundo a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban, o braço sindical dos bancos), a proposta representa um aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de R$ 2,7 mil, por exemplo. Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração será de 12,3%; e, para salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%. O piso salarial para a função de caixa, com o reajuste, passaria a R$ 2.842,96, por jornada de 6 horas/dia.
"É importante ressaltar que as soluções encontradas na mesa de negociação variam conforme a conjuntura econômica e que a proposta apresentada neste ano responde a condições específicas pela qual passa a economia brasileira", diz a entidade.
Atendimento
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.
Fonte: G1