"Ou seja, se nós fizermos desonerações que atinjam R$ 20 bilhões para além daquela que nós [já] fizemos nós poderemos abater da meta cheia", disse o ministro ao sair da sede do Ministério da Fazenda para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff.
Em entrevista em janeiro, Mantega já havia antecipado que poderia abater desonerações feitas pelo governo da meta de superavit primário.
"Podemos abater a título de investimento ou de desoneração. Vai depender se nós vamos fazer mais desonerações, e nós pretendemos fazer mais, e do comportamento da economia", disse, na época.
Pela LDO de 2013, o governo pode reduzir em até R$ 45,2 bilhões o valor estabelecido para a economia feita para o pagamento de juros da dívida. Esse montante se refere a gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a futuras desonerações concedidas no ano.
"O que existe na LDO é a possibilidade de abater investimento. Nós estamos adicionando a possibilidade de abater por conta da desoneração", explicou Mantega. "A desoneração é importante para o governo", justificou, lembrando que essas medidas diminuem o custo de produção e de investimento.
"É uma estratégia, uma prioridade que nós vamos continuar praticando".
Mantega disse que ainda assim o governo continuará perseguindo a meta cheia de superávit primário de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 155,8 bilhões. Os abatimentos serão usados "se de fato faltar arrecadação, se for insuficiente", afirmou.
Fonte: FOLHA.COM | VALOR