A Gol foi a primeira companhia aérea brasileira a confirmar que vai cobrar pelo despacho de mala. A cobrança foi autorizada por uma decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de dezembro do ano passado, que entrará em vigor no dia 14 de março.
"A Gol informa que terá uma classe tarifária mais barata para aqueles clientes que não forem despachar bagagens e oferecerá separadamente a opção de adquirir uma franquia, que será calculada por unidade, seguindo as dimensões e peso estipulados", afirmou a empresa em comunicado. Os valores por peso não foram informados.
Segundo a empresa, o valor cobrado por mala será maior de acordo com a quantidade de itens que cada passageiro despachar. "A primeira será mais barata que a segunda, que será mais barata do que a terceira. E assim por diante", afirmou a Gol, em comunicado.
O serviço poderá ser adquirido em todos os canais de atendimento da Gol, mas a empresa vai estimular que o cliente contrate o despacho com antecedência, por meio de tarifas promocionais.
A empresa disse ainda que os passageiros frequentes, estão nas categorias superiores do seu programa de fidelidade, o Smiles, terão condições diferenciadas. O mesmo vale para os clientes que comprarem passagens com classes tarifárias mais altas, que já incluirão o preço da bagagem despachada.
A Gol ressaltou que vai criar um canal de atendimento exclusivo para tirar dúvidas sobre o tema e que a resolução da Anac também aumenta o peso da bagagem de mão, de 5 kg para 10 kg.
Outras empresas aéreas
O G1 entrou em contato com as demais empresas aéreas brasileiras para saber sua estratégia comercial sobre a cobrança bagagem.
Sem informar objetivamente se irá ou não fazer a cobrança da mala despachada pelos passageiros, a Latam afirmou que "está se preparando para implementar todas as medidas que compõem a revisão das Condições Gerais de Transporte Aéreo (CGTAs), aprovadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em 13 de dezembro último e que entrarão em vigor a partir de 14 de março".
Em entrevista ao G1 em janeiro, a presidente da Latam, Claudia Sender, defendeu a medida e disse que os passageiros que não despacharem mala, terão, de fato, redução no preço da passagem.
A Azul disse que ainda está avaliando sua estratégia comercial, mas "está se adequando para acatar todas as novas medidas propostas pela Anac, incluindo a questão da franquia de bagagem. Em breve faremos um informativo com os detalhes, caso haja alguma mudança nessa questão."
A Avianca informou que implementará as novas regras da Anac no prazo determinado e que entende que "as medidas estipuladas pelo órgão regulador aproximam as práticas do setor aos padrões internacionais".
Reação no Congresso
O Senado aprovou um projeto de decreto legislativo para derrubar a norma da Anac, mas ele ainda precisa ser avaliado pela Câmara dos Deputados para efetiviamente barrar a decisão da Anac, que entra vigor em 14 de março.
Fonte: G1